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PERDA

Líderes mundiais lamentam morte de Mandela

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(Foto: REUTERS/Mike Hutchings/Files)

Líderes mundiais divulgaram notas de pesar pela morte de Nelson Mandela, lembrando o exemplo, a influência e a importância do ex-presidente sul-africano.

Em nota de pesar, a presidente Dilma Rousseff descreveu Mandela como "personalidade maior do século 20". "Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul", disse Dilma. A presidente acrescentou que os brasileiros receberam consternados a notícia da morte do líder sul-africano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o seu pronunciamento em um evento em Diadema, na Grande São Paulo, pedindo um minuto de silêncio em homenagem ao ex-presidente da África do Sul. "Tive uma grata satisfação de fazer parte de uma geração que lutou contra o apartheid", disse.

Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou que se inspirou em Mandela. "Eu sou um dos incontáveis ​que se inspirou na vida de Nelson Mandela. Minha primeira ação política foi um protesto contra o apartheid. Estudei suas palavras e seus escritos. O dia em que ele foi libertado da prisão me deu a percepção do que os seres humanos podem fazer quando são guiados por suas esperanças, e não por seus medos", disse.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, lamentou a morte do ex-presidente da África do Sul e afirmou que o mundo perdeu um seus líderes mais importantes e um de seus melhores seres humanos.

"Hillary, Chelsea e eu perdemos um amigo de verdade. A história vai lembrar de Nelson Mandela como um campeão da dignidade humana e da liberdade, da paz e da reconciliação", disse Clinton.

ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou o líder sul-africano como "um gigante pela justiça" que inspirou movimentos de libertação. "Muito no mundo inteiro foi influenciado pela sua luta altruísta pela dignidade, igualdade e liberdade humana. Ele tocou as nossas vidas de uma forma muito pessoal", disse Ban Ki-moon aos jornalistas, em tributo a Mandela.

América Latina

Cristina Kirchner também expressou "profundo pesar" pela morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. "A presidente Cristina Kirchner, seu governo e o povo argentino expressam o profundo pesar pelo falecimento do ex-presidente da África do Sul e referência mundial da luta contra o racismo e a favor dos direitos humanos, Nelson Mandela", disse a chancelaria argentina em comunicado.

Segundo a nota, Cristina "acompanha sua família, o povo e o governo sul-africano neste momento de dor e tristeza". "Infatigável lutador pela vigência da democracia em seu país, Nelson Mandela, o tão querido Madiba, foi um dos líderes da resistência contra o regime do apartheid até se transformar em um emblema mundial na luta contra a discriminação e a segregação racial", sustenta o comunicado.

"A Argentina sempre lembrará a visita de Mandela ao país com enorme gratidão". "Hoje, o vazio e a tristeza que nos deixa sua partida devem ser superados, transformando seu legado em nossa própria luta em favor da democracia e dos direitos humanos, presente em cada esforço genuíno por construir um mundo mais justo e solidário", conclui o comunicado.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou nesta quinta-feira três dias de luto no país pela morte do líder sul-africano Nelson Mandela, a quem qualificou de "gigante".

"Em homenagem ao Gigante Nelson Mandela decidi, em nome de toda Venezuela, decretar três dias de luto em toda a Pátria de Bolívar e Chávez!", anunciou Maduro em sua conta no Twitter.

Em outra mensagem, Maduro lembrou que a morte de Mandela aconteceu no dia em que completam nove meses da morte do presidente Hugo Chávez. "Há nove meses da partida do nosso comandante, hoje se vai outro Gigante dos Povos do Mundo. Madiba viverás para sempre", disse Maduro, referindo-se a Mandela pelo nome de seu clã e como é chamado carinhosamente na África do Sul.

"#NelsonMandela Até a vitória sempre, líder dos povos que lutam, a partir da Venezuela te enviamos nosso Amor", afirmou em um terceiro tweet.

Evo Morales, presidente da Bolívia, manifestou sua "profunda dor" pela morte do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, a quem qualificou como "um homem indomável de espírito que tirou da escuridão o povo da África do Sul"

Em declaração à imprensa em Cochabamba (centro), Morales expressou em nome da Bolívia seu "profundo sentimento pela perda do irmão Nelson Mandela" e suas condolências "à família e a todo o povo da África do Sul".

"Para quem luta pela justiça, pela libertação de nossos povos, é uma profunda dor esta perda", disse o presidente boliviano. Mandela foi, de acordo com Morales, "um homem que tirou da escuridão o povo da África do Sul, um gigante que superou com a força da convicção as barreiras da opressão, do racismo e da segregação".

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que se "extinguiu uma grande luz", referindo-se à morte do ex-presidente da África do Sul. Segundo o líder britânico, a bandeira em sua residência oficial será colocada a meio mastro.

"Uma grande luz extinguiu-se no mundo", escreveu Cameron em sua conta no microblog Twitter. "Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo. Ordenei que a bandeira no n.º 10 [de Downing Street, residência oficial] seja colocada a meia mastro", acrescentou.

O príncipe William da Inglaterra, neto da rainha Elizabeth II, afirmou que o ex-presidente sul-africano foi uma figura "inspiradora e extraordinária".

"É uma notícia extremamente triste e trágica", declarou. "Meus pensamentos e minhas orações estão atualmente com ele e com sua família", afirmou William, de 31 anos, ao lado de Kate, sua esposa.

França

Já o presidente francês, François Hollande, afirmou que Mandela era "um resistente excepcional" e "um combatente magnífico". Em comunicado, ressaltou que o líder foi "a encarnação da nação sul-africana, o cimento da sua unidade e o orgulho de toda a África".

União Europeia

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, destacou as mudanças promovidas por Mandela. "Mandela mudou o curso da história para a sua população, para o seu país, para o seu continente, para o mundo. Os meus pensamentos estão com a sua família e com a população da África do Sul", disse o português, também pelo Twitter.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, a memória do líder da luta contra a segregação racial deve ser reverenciada. Van Rompuy definiu Mandela como "uma das maiores figuras políticas do nosso tempo". "Honremos a sua memória com o compromisso coletivo com a democracia".

Espanha

Os reis e os príncipes das Astúrias enviaram hoje telegramas de condolências pela morte de Nelson Mandela ao presidente sul-africano, Jacob Zuma, nos quais expressam "tristeza e consternação" pelo falecimento de um "amigo próximo" e uma "figura chave da História".

A casa real espanhola manifestou sua dor pela perda de "um amigo próximo que nunca esqueceremos", a quem definem como um homem com espírito de luta, na busca da liberdade, da justiça e da paz entre os povos". Mandela recebeu em 1983, ainda preso, o prêmio Simón Bolívar pela Unesco, compartilhado com dom Juan Carlos.

Alemanha

A chanceler alemã, Angela Merkel, também destacou nesta quinta-feira a figura ex-presidente sul-africano Nelson Mandela como um "exemplo para o mundo inteiro" e destacou que os anos que passou na prisão não o fizeram desviar-se da mensagem pela reconciliação.

"Os muitos anos que passou na prisão não dobraram Nelson Mandela. De sua mensagem pela reconciliação surgiu uma África do Sul nova e melhor", declarou Merkel, em comunicado divulgado pela chancelaria alemã.

"O exemplo de Nelson Mandela e seu legado político a favor da liberdade e da não violência, assim como seu repúdio a qualquer tipo de racismo, ficarão como uma inspiração para o mundo inteiro e por muito tempo", acrescenta o comunicado.

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