O papa Joseph Ratzinger será chamado de Bento XVI, bispo emérito de Roma, a partir do dia 28, quando deixará o Vaticano de helicóptero rumo a Castelgandolfo, onde permanecerá até o final de abril, informou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Essa decisão, anunciada enquanto Bento XVI está em retiro espiritual com cardeais da Cúria Romana, é uma das poucas certezas oficiais até agora. Outras indagações da imprensa, apresentadas ontem a Lombardi durante uma entrevista coletiva, receberam respostas evasivas ou conjecturas que ainda dependem de confirmação.
Não se sabe ainda como o papa renunciante se vestirá. Provavelmente usará batina ou clergyman (terno eclesiástico), mas sem as insígnias papais. O anel com o selo papal, usado no dedo anular da mão direita, será destruído para significar o fim do pontificado.
Lombardi afirmou que Bento XVI não deverá se afastar do mosteiro Mater Eclesia, nos jardins do Vaticano, onde se refugiará a partir de maio, para ali passar o resto da vida em oração, em companhia de seu secretário, o arcebispo Georg Gänswei, que continuará no cargo de prefeito da Casa Pontifícia, e de um grupo de freiras. "Não estão previstas aparições públicas", adiantou.
A Radio Vaticano informou que 117 cardeais eleitores participarão do conclave, entre eles o alemão Walter Kasper e o italiano Severino Poletto, que completarão 80 anos em março, idade limite para votar na escolha do novo papa. Pela constituição Universi Dominici Gregis (De Todo o Rebanho do Senhor), não entram no conclave quem tiver completado 80 anos antes de ser declarada a Sé Vacante, pela morte e, no caso, renúncia do papa. Mas o número de participantes vai cair para 116, porque o cardeal indonésio Julius Darmaatmadja, de 78 anos, anunciou que não irá a Roma, por estar doente.
A emissora do Vaticano também divulgou estatísticas sobre a afluência de fiéis nas 348 audiências gerais que Bento XVI presidiu, de 27 de abril de 2005 até dezembro de 2012, em quase oito anos de pontificado: 4.982.600 pessoas, com maior participação em 2006, quando o número chegou a 1.031.500.
Quebrando a tradição de anunciar nomeações de bispos brasileiros às quartas-feiras, o papa nomeou ontem padre Marco Aurélio Gubiotti, de 49 anos, mineiro de Ouro Fino, para a diocese de Itabira-Fabriciano, e padre Gabriele Marchesi, de 60 anos, italiano de Incisa Valdarno, para a diocese de Floresta, em Pernambuco. Anteontem, o padre gaúcho José Mário Angonese foi nomeado bispo auxiliar de Curitiba. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais