O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (15), durante seu encontro com os cardeais, que não se caia no pessimismo e se busque todos os dias coragem para levar o Evangelho para todos os cantos da Terra.
Ele chegou ao Palácio Apostólico para se reunir sala Clementina com os cardeais e foi recebido com um grande aplauso.
O Bispo de Roma, que quase sofreu uma queda ao tropeçar quando se dirigia para saudar o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano, também disse que "mais da metade" dos cardeais são idosos, "mas a velhice é a sede da sabedoria da vida".
"Doemos esta sabedoria aos jovens, como o bom vinho, que com a idade melhora", acrescentou.
Dois dias após ser eleito, o pontífice se reuniu com os cardeais e disse a eles: "somos irmãos, os cardeais são os sacerdotes do Santo Padre, vivamos esta comunidade, a amizade da proximidade fará bem a todos".
Francisco reiterou a necessidade da unidade na Igreja e expressou sua emoção pelo saudação que recebeu dos fiéis quando apareceu pela primeira vez no balcão da Basílica de São Pedro.
O papa também lembrou Bento XVI, "meu venerado antecessor, que "enriqueceu a Igreja com seu magistério de fé, humildade e docilidade".
"Seu magistério permanecerá como um patrimônio espiritual para todos. O Ministério petrino vivido com total dedicação teve nele um intérprete paciente e humilde", disse Francisco.
Francisco compareceu ao compromisso com a cruz peitoral que sempre vem usando, a de prata, e não a que os pontífices costumam utilizar, de ouro. Ao final do evento, o novo papa cumprimentou os cardeais.
O pontífice celebrou na quinta-feira (14), com os cardeais, uma missa na Capela Sistina, um dia após ser eleito neste local o 266º papa da história da Igreja.
O papa Francisco, nome adotado pelo cardeal jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio, segue se alojando na Casa Santa Marta.
Ele permanecerá no local até o fim das obras de acondicionamento do apartamento papal, que ficou lacrado desde que Bento XVI renunciou, em 28 de fevereiro.