A espontaneidade do papa Francisco tem encantado fiéis que comparecem no Vaticano para ver o pontífice, enquanto seguranças trabalham em dobro para garantir a segurança do líder da Igreja Católica. Na manhã deste domingo (17), Francisco surpreendeu a todos ao ir do lado de fora da paróquia Santa Ana - onde celebrou uma missa antes do Angelus - e cumprimentar pessoalmente os presentes. Durante vários minutos, ele abraçou as pessoas, deu beijos em crianças e pediu que todos continuassem a rezar por ele.
O papa também conversou com Pietro Orland, irmão de Emanuela Orlandi, uma menina cidadã do Vaticano que desapareceu em 1983. O caso virou um mistério para autoridades e uma polêmica para religiosos. De acordo com relatos do La Repubblica, a família da jovem havia pedido diversas vezes para se reunir com Bento XVI, mas a solicitação nunca foi aceita. No entanto, o diário afirma que Francisco prometeu encontrar e conversar com Pietro.
Francisco chegou na Igreja em um carro preto, mais uma vez dispensando a limusine papal, e imediatamente se aproximou das centenas de pessoas que haviam se reunido no portão para vê-lo. Ele cumprimentou os fiéis por um momento e apontou para o relógio de plástico em seu pulso para sinalizar que ele tinha que entrar para rezar a missa.
Em seu primeiro dia como papa, ele voltou ao hotel onde tinha se hospedado em Roma - antes do conclave - para pagar a conta mesmo levando em conta que o local é administrado pela própria Igreja. Segundo ele, sua decisão foi um gesto de exemplo a outros religiosos que não se preocupam em pagar as diárias.
Desde o início de seu pontificado, Francisco tem demonstrado outras diferenças sutis em relação a seus antecessores. A exemplo do que fizera no dia de sua eleição, ao saudar a multidão da sacada da basílica, o pontífice chegou à Capela Sistina usando no peito uma cruz de prata, típica dos bispos, em vez da cruz dourada do papado. Da mesma forma, ele dispensou a estola papal, que vestiu apenas para dar a bênção Urbi et Orbi e tirou em seguida.