Os grupos americanos reforçaram nos últimos anos sua primazia no setor de armamentos diante da Rússia e da China, enquanto a Europa perde velocidade, indica o Instituto de Pesquisas da Paz Internacional (SIPRI), em um informe que será publicado na segunda-feira (22) em Estocolmo.
As cifras do centro de pesquisas abrangem um período de cinco anos (2011-2015) e demonstram que o volume do comércio mundial de armamento aumentou de forma constante desde 2001, após ter estado em declínio durante 20 anos.
No que diz respeito a encomendas, “os Estados Unidos continuam liderando amplamente” a lista, destacou o SIPRI no comunicado. Sua cota do mercado aumentou para 33%, com relação a 29% em 2006-2010.
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Clientela diversificada
Segundo o estudo, os fabricantes norte-americanos têm uma clientela mais diversificada. “Os Estados Unidos venderam ou deram grandes armas a 96 Estados nestes últimos cinco anos”, destacou Aude Fleurant, diretora do programa para Armamentos e Gastos militares. “A indústria da Defesa americana está preparando grandes encomendas para a exportação, entre eles 611 aviões de combate F-35 para nove países”, acrescentou.
Atrás dos Estados Unidos, a Rússia também fez avanços, com 25% das exportações mundiais. Sua tendência, no entanto, foi pior em 2014 e 2015, quando os ocidentais decidiram sancionar Moscou por seu papel no conflito no leste ucraniano.
A China, que em 2010-2014 se tornou o terceiro exportador mundial, superando Alemanha e França, consolida-se nesta posição, com 5,9% da cota de mercado. Os produtos de sua indústria de Defesa, cada vez mais prestigiosa, são comprados, sobretudo, por países asiáticos (Paquistão, Bangladesh e Mianmar, entre outros).
Produtos europeus perdem terreno
Nos últimos cinco anos, a França (5,6%) viu suas exportações diminuírem um décimo com relação aos cinco anos anteriores. As exportações da Alemanha (4,7%) se dividem em dois.
As encomendas de parte de seus parceiros europeus diminuem (-41% ) devido a cortes orçamentários nos exércitos.
Quanto às importações, a Índia é, de longe, o principal cliente (14%). Compra o dobro de armas estrangeiras que o país que a segue, a Arábia Saudita, e o triplo da China.
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