A sede da Assembléia Constituinte boliviana foi atacada na manhã desta quinta-feira por universitários, que lançaram coquetéis molotov para protestar contra o fim da discussão sobre a volta da capital do país para a cidade de Sucre.
Os estudantes, que exigem o retorno dos três Poderes à cidade de Sucre, atacaram o teatro Mariscal Sucre, sede da Constituinte, que cancelou a sessão plenária convocada para hoje.
O ministro do Governo (Interior), Alfredo Rada, disse que os agressores "não estão buscando realmente trazer a capital para Sucre, mas sim o fracasso da Assembléia Constituinte".
O violento ataque contra a sede da Constituinte foi provocado por ativistas de direita, denunciou o porta-voz da presidência Alex Contreras.
"Informes de inteligência e da polícia revelam que nas últimas horas chegaram de Santa Cruz membros da juventude 'cruceñista', que estão atuando com os estudantes mais reacionários da universidade", disse Contreras.
A cidade de Sucre, onde se lançou o primeiro grito libertário contra o colonizador espanhol, em 1809, foi a primeira capital da Bolívia, em 1825, mas perdeu as sedes do Executivo e Legislativo para La Paz após a guerra civil boliviana.
Capital do departamento de Chuquisaca (sudeste), Sucre ainda é a sede do poder Judiciário.
Os protestos coincidem com o ultimato lançado por organizações civis de seis regiões contrárias ao presidente Evo Morales para que a Constituinte revise sua decisão de não examinar o tema da capital.
O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, disse na véspera que por trás dos protestos "há um mar de fundo político (..) para fazer fracassar a Assembléia Constituinte".
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