Centenas de estudantes cercavam na noite desta sexta-feira o quartel da polícia de Sucre, no sudeste da Bolívia, para exigir a libertação de colegas detidos durante uma manifestação violenta contra a Assembléia Constituinte.
Uma porta-voz da Cruz Vermelha disse que foram atendidas mais de 100 pessoas em Sucre, incluindo civis e policiais, a maioria atingida por paus e pedras.
Segundo a imprensa de La Paz, uma multidão, formada principalmente por estudantes universitários, mantém o assédio em quatro pontos do quartel.
Os telefones da polícia de Sucre permanecem ocupados, mas um policial informou à AFP que "qualquer comunicado será feito pelo comandante" da unidade.
Centenas de estudantes também seguiam para o Colégio Militar de La Glorieta, a 8 km de Sucre, para iniciar um assédio aos constituintes governistas.
O local é defendido por três anéis de segurança, formados por camponeses partidários do presidente Evo Morales, policiais e militares.
A Assembléia Constituinte boliviana começou a funcionar hoje em La Glorieta, depois de três meses de recesso forçado, contando apenas com a presença da base governista.
Apesar da ausência da oposição, a Assembléia reune 145 constituintes, número suficiente para alcançar o quórum mínimo (metade + 1 dos 255 membros), ou seja, 128.