O Departamento de Estado americano anunciou nesta sexta-feira (12) que informou ao embaixador da Venezuela em Washington, Bernardo Álvarez Herrera, que ele será expulso dos EUA, em represália à expulsão do representante americano em Caracas.
Segundo o Departamento de Estado, a expulsão do diplomata americano da Venezuela, anunciada na quinta, e também a do embaixador americano na Bolívia, anunciada na quarta (10), mostram a "fraqueza" e o "desespero" do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e do boliviano, Evo Morales.
"Informamos ao embaixador venezuelano nos Estados Unidos que ele seria expulso e que deveria abandonar os Estados Unidos", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.
A decisão norte-americana foi anunciada logo depois que o Tesouro comunicou o congelamento dos ativos de altos funcionários de e um ex-funcionário venezuelanos nos Estados Unidos, acusados de colaborar com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no narcotráfico.
"Lamentamos as ações tanto do presidente Hugo Chávez quanto do presidente (da Bolívia) Evo Morales, que expulsaram nossos embaixadores na Venezuela e na Bolívia. Isso reflete a fraqueza e o desespero desses líderes ao lidar com desafios internos", disse McCormack.
A Venezuela possui algumas das maiores reservas de petróleo fora do Oriente Médio e, apesar dos desentendimentos entre Chávez e o atual governo dos EUA, o presidente venezuelano sempre manteve o suprimento do combustível e nunca antes havia expulsado um embaixador norte-americano.
Chávez disse ter adotado a manobra de quinta em apoio ao presidente boliviano, que é seu aliado, compartilha de suas convicções de esquerda e que enfrenta uma crise política.
Violentos protestos na Bolívia nas últimas semanas provocaram a morte de oito pessoas e causaram a interrupção parcial do fornecimento de gás natural para Brasil e Argentina. Os protestos são levados por oposicionistas separatistas que se opõem à centralização do governo de Morales e à proposta de nova constituição no país.
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