Os Estados Unidos afirmaram neste domingo (31), por meio do Pentágono, que a prioridade para resolver a questão nuclear da Coreia do Norte é a "diplomacia". Mas a afirmação vem com um porém.
"A conversa entre as seis partes preferem o caminho da diplomacia", afirmou o secretário de imprensa do Pentágono Geoff Morrell, se referindo às conversas entre as duas Coreias, China, Rússia, Japão e, claro, os EUA. "Mas se a conversa entre as seis partes não obterem resultado, nós estamos procurando, conforme (Robert) Gates colocou, nós temos que procurar por outras soluções... para nos defender, se isso se tornar necessário", completou ele em entrevista para a agência de notícias "Reuters".
No sábado, em uma conferência entre países asiáticos em Cingapura, o secretário de Defesa dos EUA Robert Gates disse que o país responderá "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte forem uma ameaça à América ou aos seus aliados na Ásia.
Ainda no sábado, os Estados Unidos enviaram a primeira leva de caças para uma de suas bases montada em Kadena, na província japonesa de Okinawa.
Um satélite espião aponta que a Coreia do Norte deve fazer um novo teste nuclear com um míssil de longo alcance. O governo de Pyongyang, porém, não negou e nem confirmou a informação.
Reunião
A Coreia do Sul reforçou o esquema de segurança para uma reunião com líderes de países do sul asiático.
Apesar de a reunião ter sido planejada há meses, o encontro se tornou de emergência após os testes nucleares promovidos pela vizinha e rival Coreia do Norte na semana passada.
A sede da reunião será em Seogwipo, situada na ilha de Jeju, justamente o ponto sul-coreano mais distante da Coreia do Norte.
Além de 5 mil policiais e carros blindados, as autoridades sul-coreanas não economizaram na segurança e botaram soldados da Marinha e Aeronáutica para proteger a região. Mais do que isso, instalou um míssil terra-ar apontando justamente para o vizinho nortista.
São esperados os dez integrantes da Associação de Nações do Sudeste Asiático: Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
O presidente sul-coreano Lee Myung-bak planeja o domingo para fazer reuniões individuais com os integrantes da associação.