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A administração de Obama preparou uma síntese sobre o que o serviço de espionagem dos EUA descobriu em relação às suspeitas de que a Síria teria usado armas químicas e, as opções militares que estão sendo consideradas em resposta.
A síntese do governo será apresentada aos parlamentares nesta quinta-feira e um relatório público das conclusões do serviço de espionagem americano também pode ser liberado hoje, informou a Casa Branca. A decisão faz parte dos esforços de ganhar apoio político e público sobre o que poderia ser a primeira intervenção militar dos EUA em dois anos e meio de conflito na Síria.
A Casa Branca informou que a síntese será apresentada em uma teleconferência às 19 horas (horário de Brasília) nesta quinta-feira, pelo conselho de segurança nacional, secretários de Estado e Defesa e outras autoridades.
As discussões sobre as ações militares vieram em resposta ao que os EUA encontrou sobre o ataque com armas químicas feito pelo regime da Síria na semana passada no subúrbio de Damasco. Grupos de oposição síria disseram que o ataque matou mais de mil pessoas, incluindo crianças.
O presidente Barack Obama disse em uma entrevista à rede PBS na quarta-feira que o líder do governo sírio, Bashar Assad, é responsável pelo ataque e deve pagar um preço.
O vice-presidente Joe Biden, em resposta a perguntas sobre um possível ataque durante uma aparição pública nesta quinta-feira afirmou que o "presidente não tomou uma decisão ainda."
Enquanto isso, o governo está sendo pressionado pelo Congresso sobre como está lidando com a crise.
O líder da Maioria na Câmara, John Boehner (Republicano de Ohio), em carta enviada ontem, pediu explicações claras sobre qualquer tipo de ação contra a Síria antes de elas começarem e, criticou o nível de consulta do presidente aos parlamentares.
Na carta, Boehner pede que Obama informe os americanos e membros do Congresso seus objetivos, política e estratégia na Síria antes de lançar o primeiro míssil.
Em Londres, autoridades britânicas concordaram em esperar até que os inspetores das Nações Unidas, que estão na Síria, terminarem seu trabalho antes de tomarem atitudes militares. A ONU disse que os inspetores poderiam deixar a Síria no sábado.