Autoridades norte-americanas no Paquistão interrogaram três viúvas de Osama bin Laden nesta sexta-feira, mas conseguiram poucas informações novas, disse uma autoridade dos Estados Unidos.
Bin Laden, mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington, morreu numa operação este mês contra seu complexo no Paquistão, realizada por uma equipe de forças especiais da Marinha norte-americana.
Além da morte do líder das Al Qaeda, os EUA confiscaram o que autoridades norte-americanas descreveram como sendo um tesouro de material de inteligência.
Autoridades agora estão tentando decifrar elementos importantes sobre a vida do líder da Al Qaeda, inclusive como ele chegou a viver na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão, e com quem ele se encontrou antes de sua morte.
"Os EUA interrogaram as viúvas de Bin Laden, mas elas ainda não estão sendo particularmente comunicativas", disse uma autoridade norte-americana com conhecimento da investigação, sob condição anonimato.
O porta-voz do Pentágono, coronel David Lapan, confirmou que representantes do governo dos EUA conseguiram interrogar as mulheres, mas se negou a especificar que agência as autoridades representavam ou a repassar detalhes.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também confirmou que os EUA tiveram acesso às viúvas, mas não deu nenhum detalhe sobre os interrogatórios.
Autoridades norte-americanas estão trabalhando junto com o Paquistão para conseguir maior acesso às viúvas.
O Paquistão disse que iria repatriar as três mulheres e suas crianças. Uma é do Iêmen e as outras duas da Arábia Saudita.
O governo paquistanês se irritou por não ter sido informado da operação que matou Bin Laden, e está sob pressão para explicar como o líder da Al Qaeda conseguiu viver tão perto da principal academia militar do país.
Sua presença aprofundou as suspeitas de que a agência de espionagem e inteligência do Paquistão pode ter tido laços com Bin Laden e outros membros da Al Qaeda.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião