Os senadores bolivianos Félix Rojas, do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), e Luis Vázquez Villamor, do maior partido de oposição, o Poder Democrático Social (Podemos). Os políticos declararam no final da tarde desta segunda-feira (20) que governo e oposição chegaram a um acordo na Bolívia para que "o referendo sobre a Constituição ocorra em 25 de janeiro de 2009" e que "em dezembro do próximo ano a Bolívia tenha eleições gerais". Segundo informações da Agência Boliviana de Informação (ABI), governo e oposição também chegaram a um acordo definitivo sobre a questão das autonomias regionais e da reeleição a presidente. O presidente Evo Morales desistiu da possibilidade de disputar um terceiro mandato em 2014.
A informação partiu após negociações entre Evo e a oposição nesta segunda-feira. Morales desistiu de disputar um terceiro mandato (ele poderá disputar um segundo em 2009, se a nova Constituição for aprovada) enquanto a oposição teria concordado com a convocação do plebiscito. O acordo é provisório e deverá ser ratificado pelo Congresso.
Mais cedo, Evo comandou uma manifestação de milhares de camponeses que foram ao Congresso pressionar para a aprovação da lei que permitirá o referendo.
"Deixem que o povo boliviano diga sim ou não à nova Constituição, sinto que há um grande temor em relação a essa força, a esse movimento do povo", afirmou Morales enquanto se juntava aos milhares de manifestantes. "Com essas marchas pacíficas...esperemos que durante as próximas horas possam aprovar (os legisladores a lei) e que essa marcha se converta em uma grande festa."
O referendo deve ser convocado por dois terços dos votos no Legislativo. Porém nem os opositores nem a situação contam com essa margem. O acordo provisório alcançado nesta segunda permitirá que o referendo seja convocado.
Na noite deste sábado, o ministro de Desenvolvimento Rural, Carlos Romero, afirmou que havia "um entrave nas negociações". O senador Roger Pinto, do oposicionista Partido Podemos, afirmou que a oposição não concordava com a proposta de encurtar o mandato de Morales e convocar eleições antecipadas.
A marcha chegou a La Paz após sete dias de caminhada. O dirigente que encabeça a mobilização, Fidel Surco, prometeu que os manifestantes não se dispersarão antes de o Congresso aprovar a lei de convocatória para o referendo sobre a nova Carta. As informações são da Associated Press.
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