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Crise boliviana

Evo rejeita "autonomia plena", mas negociação prossegue

Rejeição de Morales ocorreu por considerar que a "autonomia plena" equivaleria à independência dos Departamentos | Lucas Jackson / Reuters
Rejeição de Morales ocorreu por considerar que a "autonomia plena" equivaleria à independência dos Departamentos (Foto: Lucas Jackson / Reuters)

O presidente boliviano, Evo Morales, rejeitou nesta quinta-feira (25) o pedido de "autonomia plena" feito por três dos quatro governadores opositores dos Departamentos (Estados) do leste do país. Segundo o presidente, a "autonomia plena" equivaleria à independência dos Departamentos. Mesmo após a rejeição do pedido, as negociações para um acordo básico que permita avançar o processo de reconciliação nacional continuam e deverão se estender pela noite desta quinta.

"O presidente espera que hoje (quinta) já se possa chegar a um acordo", disse o porta-voz presidencial Iván Canelas, em uma entrevista à rádio estatal Patria Nueva. Morales insiste em um acordo global sobre a autonomia regional, reivindicada pelos governadores oposicionistas em troca do apoio à ratificação em referendo do projeto constitucional promovido pelo governo.

Mas o porta-voz dos opositores, o governador de Tarija, Mario Cossío, disse que o acordo pode demorar um pouco mais. O enviado da Organização dos Estados Americanos (OEA), Dante Caputo, afirmou esperar "sinais formais" das duas partes.

Morales chegou na madrugada desta quinta de Nova York, Estados Unidos onde participou da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e de um encontro com colegas da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Na reunião foi decidido que uma comissão da Unasul investigará as mortes ocorridas no Departamento de Pando. Ao menos 15 pessoas morreram no início do mês, durante o auge dos conflitos na Bolívia entre governo e oposição.

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