O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn foi indiciado pelas acusações de que teria tentado estuprar uma camareira de um luxuoso hotel, afirmaram promotores de Nova York na quinta-feira.
A promotoria disse à Corte Suprema de Nova York que era contra o pedido de pagamento de fiança no valor de 1 milhão de dólares proposto pelos advogados de defesa, alegando que isso "não faz sentido".
O indiciamento, feito por um júri, significa que ele foi acusado formalmente e que o caso pode ir para julgamento se Strauss-Kahn se declarar inocente, o que, segundo seus advogados, ele planejar fazer.
Strauss-Kahn, um homem acostumado a se hospedar em quartos de hotéis de luxo e a viajar na primeira classe, teve fiança negada na segunda-feira por um Tribunal Criminal de Manhattan e está preso desde então na penitenciária Rikers Island, na cidade de Nova York.
Ele nega veementemente a acusação de ato sexual criminoso, tentativa de estupro, abuso sexual, cárcere privado e uso da força para tocar a vítima em uma carta divulgada na quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional para anunciar sua renúncia.
"Quero dedicar todas as minhas forças, todo o meu tempo e toda a minha energia para provar a minha inocência", disse Strauss-Kahn em nota.
O ex-chefe do FMI pode pegar até 25 anos de prisão se for condenado.
Ele foi detido pela polícia de Nova York no sábado a bordo de um voo da Air France minutos antes de a aeronave decolar para Paris.
Os promotores disseram que por volta das 13h (horário de Brasília) do sábado, Strauss-Kahn agrediu sexualmente uma camareira do Hotel Sofitel no centro de Manhattan, tentou estuprá-la, e, sem conseguir, a forçou a fazer sexo oral nele.
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