O império Murdoch
Em 32 anos, a News Corporation se espalhou por todo o mundo.
Canadá Harper Collins
Reino Unido BSkyB (39% de participação), NDS Group (49%), News International, Harper Collins
Alemanha Sky Germany (49,9%)
China/Ásia Phoenix TV (17,6%), Star TV, ESPN Star Sports (com Disney)
Itália Sky Italy e Fox Italy
México Sky Mexico
Brasil Sky Brazil
Índia Tata Sky (20%), Star TV e Harper Collin
América Latina 16 canais de tevê por satélite
Austrália Fox Sport Australia, FoxTel (25%), Fox Studios Australia, News Limited, Harper Collins
Nova Zelândia Harper Collings
EUA Fox Broadcasting Co., Fox Television Stations Group, Fox Sports20th Century Fox TV,My Network TV,Fox Interactive Media,Fox News,Fox Business,Fox Cable Networks,FSN,Fox International, FXNational Geographic,20th Century Fox,Fox Searchlight Pictures,Fox 2000 Pictures,New York Post,Dow Jones & Company,Consumer Media Group,Enterprise Media Group,Local Media Group,Timesledger,Courier-Life,News America Marketing,Harper Collins,Raio x, News Corporation,
Rupert Murdoch 80 anos; chairman e presidente da News Corporation
Receita (até 31 de março, 2011): US$ 32,55 bilhões
Lucro bruto: US$ 11,88 bilhões
Empregados: 51 mil
Fundação: 1979
Patrimônio pessoal: US$ 7,6 bilhões
Fontes: News Corporation, Forbes, Google Financials
Londres - O ex-premiê britânico Gordon Brown foi alvo de espionagem por jornais do grupo News Corporation, de Rupert Murdoch, segundo divulgaram ontem o diário Guardian e a rede de tevê BBC (estatal). Jornalistas do Sunday Times e do The Sun tentaram acessar sua caixa postal, sua conta bancária e o histórico de saúde de sua família.
Brown teria sido espionado durante dez anos, e ele afirmou estar "chocado com os métodos criminosos e antiéticos por meio dos quais foram obtidos detalhes pessoais" sobre sua família. No miniblog Twitter, a esposa de Brown, Sarah, escreveu que as informações em questão são extremamente pessoais e será "realmente doloroso se tudo isso (grampos) for verdade".
A notícia amplifica a crise que levou ao fechamento do News of the World, ontem, após a revelação de que o tabloide do grupo "líder em vendas aos domingos" adotava escutas em reportagens.
O escândalo deixa seriamente ameaçado o plano de Murdoch de comprar 61% das ações da BSkyB, a maior provedora de tevê paga do Reino Unido. Ele já possui 39% da empresa.
O vice-premiê, Nick Clegg, pediu que Murdoch faça "a coisa decente e sensata": desistir da compra da BSkyB.
Clegg fez a declaração após se reunir com a família de Milly Dowler, vítima de sequestro e assassinato que teve sua caixa postal invadida por profissionais do NoW. A revelação de que mensagens de Dowler, 13 anos, foram apagadas, dando a impressão de que ela estava viva, desatou o escândalo.
A família de Dowler defende que "o mais honrado" a ser feito por Rebekah Brooks, editora chefe do jornal na época das escutas e hoje no comando da News International, é pedir demissão.
Brooks é amiga do atual premiê, David Cameron, e interlocutora do grupo de Murdoch com o governo na operação de compra da BSkyB.
Monopólio
Autoridades britânicas pediram ontem que a transação seja analisada por um comitê que avalie se o negócio levará ao monopólio. Esse processo costuma demorar pelo menos seis meses.
Jeremy Hunt, secretário de Cultura, pediu à agência reguladora que também decida se a família Murdoch é "adequada" a ter licença para transmissão de televisão.
Essa movimentação foi possível porque Murdoch voltou atrás, ontem de manhã, na promessa de separar a empresa Sky News de seu conglomerado, "uma condição estipulada para efetuar a compra da BSkyB.
O oposicionista Partido Trabalhista prometeu retardar uma votação parlamentar em torno do acordo, até a conclusão das investigações em torno do tabloide.
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