O chefe do Exército paquistanês convocou uma reunião especial de comandantes no domingo, após alegações dos Estados Unidos de que a agência de espionagem militar ajudava militantes a atacar alvos norte-americanos no Afeganistão, informou o Exército.

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O governo também pediu o retorno do ministro das Relações Exteriores do país, que estava em uma viagem aos EUA, para participar de uma reunião com todos os principais partidos políticos para discutir as alegações dos americanos de apoio à rede militante Haqqani.

Autoridades paquistanesas rebateram as alegações, acusando os EUA de tentarem fazer do Paquistão um bode expiatório de sua guerra no Afeganistão.

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Líderes paquistaneses não mostraram nenhuma indicação de que planejam agir em reação às exigências americanas de atacar a rede Haqqani em sua principal base no Paquistão, mesmo correndo o risco de mais conflitos com Washington, que tem dado bilhões ao país em ajuda.

A senadora norte-americana Lindsey Graham, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, afirmou no domingo que os EUA deveriam avaliar uma ação militar para defender suas tropas se a agência de espionagem do Paquistão continuar a dar suporte a militantes que estão atacando as forças norte-americanas.

O ministro do Interior paquistanês, Rehman Malik, alertou os EUA no domingo contra o envio de tropas ao país. "Nenhuma agressão será tolerada", disse Malik a repórteres em Islamabad. "O país está unido às forças armadas, que se encontra na linha de frente da defesa do Paquistão."

O principal comandante militar dos EUA, almirante Mike Mullen, acusou na semana passada a agência paquistanesa de apoiar insurgentes do Haqqani no planejamento e execução de um ataque que durou 22 horas à embaixada dos EUA no Afeganistão, em 13 de setembro, assim como no caminhão-bomba que feriu 77 soldados americanos dias antes.

O porta-voz do Exército paquistanês, major-general Athar Abbas, disse que o chefe do Exército, general Ashfaq Pervez Kayani, presidiu a reunião de domingo, mas não forneceu detalhes sobre as discussões. As informações são da Associated Press.

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