A família brasileira do menino Sean Goldman, de 9 anos, recebeu uma mensagem de texto do celular dele, escrito "cheguei", após quase 48 horas depois de o menino partir para os Estados Unidos com o pai biológico, David Goldman. A informação é do advogado da família Bianchi, Sérgio Tostes.

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E a avó materna, Silvana Bianchi, confirmou neste domingo (27) que em seguida recebeu uma mensagem de voz no celular, dizendo "Nona, cheguei aqui. Tô muito feliz. Um beijo, tchau". Segundo ela, a voz de Sean era muito chorosa. Ambas as mensagens foram através do celular de David, informou ela.

"Cada dia que passa estou pior. A irmã dele passa o dia inteiro chamando o irmão. Ela passa na porta do quarto dele e chama ele", disse Silvana. Ela contou que pretende visitar o neto assim que a Justiça permitir.

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Sean seguiu para Orlando na manhã de quinta-feira (24), depois de uma longa disputa judicial entre as duas famílias pela sua guarda. As mensagem de celular, de acordo com a avó, teriam chegado na sexta-feira (25).

Segundo Tostes, a avó materna do menino, Silvana Bianchi, já ligou "inúmeras vezes" tanto para o celular que Sean levou do Brasil, quanto para o de David, mas ambos estão sem sinal. Ele afirmou que irá acionar o Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira (28), para tentar contato com Sean e também negociar a visitação da avó nos Estados Unidos.

"O ministério tem a obrigação de atender brasileiros que estão fora do país. Não vou falar com a embaixada brasileira em Washington, vou direto no ministério".

Tumulto na entrega de Sean

Sobre o tumulto na chegada do menino ao consulado americano do Rio, para ser entregue ao pai biológico, no dia 24, Tostes reafirmou que não foi oferecida à família a vaga na garagem do consulado, para evitar a exposição à mídia.

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Ele disse que sabia que toda a imprensa estaria em frente à porta, mas decidiu ir caminhando até o local porque o consulado não ofereceu nenhum tipo de segurança.

"Eu estava obedecendo a uma ordem judicial, que dizia que eu tinha que entrar pela porta da frente do consulado, na Avenida Presidente Wilson 147. Eu disse que ia a pé, porque a mídia ia estar presente e o consulado não deu proteção", afirmou.

O consulado, entretanto, nega e afirma que ofereceu a garagem para a família entrar no local.

"É absolutamente mentirosa a afirmação da porta-voz da embaixada brasileira, a Orna Blum, que diz que ofereceu a entrada pela garagem. Fomos cercados e os policiais presentes permaneceram impassíveis", disse Tostes.

O advogado também reclamou da falta de policiamento no trajeto de Sean: "Quero chamar atenção para diferença de tratamento dado ao David Goldman, que foi escoltado pela polícia em todo o seu trajeto no Rio. Nó saímos de casa e fomos de automóvel sem nenhuma proteção policial".

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Pai diz que permitirá visitas

Em entrevista concedida à rede de TV norte-americana NBC, que fretou o avião para levar pai e filho para os Estados Unidos, David Goldman disse que, "com o tempo", vai permitir que a avó de Sean o visite nos Estados Unidos: "Vai levar algum tempo, mas não vou negar a ela e a ele se encontrarem", disse Goldman.

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