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O convalescente líder cubano Fidel Castro disse em artigo publicado na sexta-feira (6) que a política do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação a Cuba está "perdendo a virgindade".

Fidel, que está doente e afastado do poder, criticou em sua última coluna os recentes comentários sobre Cuba feitos pelo chefe do gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel.

Emanuel falou na quinta-feira a jornalistas sobre a importância que Obama confere às comunidades cubanas nos Estados Unidos.

"Os quase 12 milhões de cubanos que habitam a ilha não lhe interessam", concluiu Castro na coluna escrita na quinta e publicada no Granma, o diário oficial do partido comunista, na sexta-feira.

"Assim, mais cedo do que tarde, a política de Obama vai perdendo sua virgindade".

Fidel havia aplaudido a posse de Obama, a quem descreveu como um homem "sincero", "honesto" e "de nobres intenções".

Mas a lua de mel durou pouco. A reflexão publicada na sexta é a terceira a criticar Obama em uma semana.

Na coluna, Fidel lamenta que Emanuel não citou, por exemplo, as restrições de viagens de norte-americanos a Cuba ou a lei que facilita a residência de cubanos que cheguem ilegalmente aos Estados unidos.

O líder cubano disse que, perguntado sobre qual era sua opinião sobre Cuba, Emanuel desviou da questão, dizendo que "quanto menos se falar de Cuba, melhor".

Fidel foi substituído na presidência pelo irmão mais novo, Raúl, mas se mantém politicamente ativo com suas colunas. Ele chegou a sugerir que os comentários de Emanuel foram uma resposta aos seus textos.

Obama é o primeiro presidente norte-americana em meio século disposto a dialogar diretamente com as autoridades cubanas. Ele disse que suspenderia as restrições de viagens e remessas de dinheiro feitas por descendentes de cubanos nos Estados Unidos, mas declarou que não pretende dar fim ao embargo econômico que 10 de seus predecessores aplicaram contra a ilha.

Os irmãos Castro são céticos em relação à capacidade de Obama de mudar a política em relação a Cuba.

Raúl afirmou que Obama despertou "esperanças excessivas".

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