O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, declarou neste sábado (8) o estado de calamidade nacional, como consequência dos danos causados pelo tufão "Bopha" que atravessou o país entre terça-feira e quinta-feira (6) e deixou 459 mortos e 5,4 milhões de desabrigados em 26 províncias.
Fontes da presidência informaram que a proclamação permitirá agilizar a utilização dos fundos oficiais, a concessão de empréstimos a juros preferenciais e controlar os preços dos alimentos nas regiões mais castigadas, entre outras coisas.
As regiões de Mindanao e Visayas são as mais castigadas pelo tufão, que entrou no país com ventos sustentados de 175 km/h e chuvas incessantes.
O estado de calamidade foi decretado primeiro nas províncias do Vale de Compostela, Davao Oriental e Surigao do Sul, em Mindanao, de onde são quase todas as vítimas mortas.
Os últimos dados do Conselho Nacional de Prevenção e Resposta aos Desastres incluem 212 mil pessoas acolhidas em 297 centros de desabrigados e precisam de água potável, alimentos, roupa e remédios.
Ainda estão sem luz 35 municípios e 16 estradas e 18 pontes continuam intransitáveis.
"Pablo", o nome local que os filipinos deram ao furacão, destruiu mais de 21 mil casas e causou danos a outras mais de 16 mil.
Os danos provisórios à agricultura e as infraestruturas passam de US$ 100 milhões.
A prioridade das autoridades é atender às pessoas deslocadas, localizar os desaparecidos e restabelecer as comunicações e os serviços.
"Bopha" foi o pior tufão que passou pelo país neste ano e encerra uma temporada que começa geralmente em junho e termina em novembro.
O desmatamento, a proliferação das minas ilegais, a falta de infraestrutura e a favelização pioram os efeitos devastadores dos tufões e as inundações que afetam as Filipinas durante a época das monções.
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