Sanaa - Forças leais ao contestado presidente do Iêmen, Ali Abdullah Sa­­leh, abriram fogo contra um acampamento de manifestantes e mataram ontem mais de 20 pessoas na cidade de Taiz enquanto jatos de guerra do governo lançaram ataques em Zinjibar, cidade tomada por islamitas radicais.

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Agentes do serviço de segurança apoiados pelo Exército e por tro­­pas da Guarda Republicana in­­vadiram a Praça da Liberdade, no centro da segunda maior cidade do país, durante a noite. Foram disparados tiros contra a multidão e tendas foram incendiadas, relataram testemunhas. "Pelo menos 20 manifestantes foram mortos", afirmou um dos organizadores do protesto.

Tropas apoiadas por tanques invadiram um hospital de campanha e detiveram 37 dos feridos. Além disso, centenas de pessoas foram presas pelas forças de segurança em ruas próximas, segundo médicos e organizadores. "Isto foi um massacre. A situação é miserável. Eles arrastaram os feridos das ruas para os centros de detenção", relatou o ativista Bushra al-Maq­­tari. As fontes disseram que a praça foi totalmente esvaziada, e além disso as forças de segurança invadiram um hotel próximo e prenderam vários jornalistas.

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A coalizão oposicionista Fó­­rum Comum condenou os "crimes contra a humanidade" cometidos por militares, pelas forças de segurança e por "milícias armadas".