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Manifestantes denunciam a violência do governo iemenita em Sanaa | Khaled Abdullah/Reuters
Manifestantes denunciam a violência do governo iemenita em Sanaa| Foto: Khaled Abdullah/Reuters

Sanaa - Seguidores de um poderoso chefe tribal, o xeque Sadek al-Ahmar, que se uniram à oposição, assumiram ontem o controle de vários prédios públicos de Sanaa, entre eles a agência oficial de notícias iemenita Saba, após violentos combates com tropas do governo do presidente Ali Abdullah Saleh.

Os enfrentamentos foram retomados na manhã de ontem pelo terceiro dia consecutivo, após uma pausa durante a noite anterior, informou um colaborador da AFP. O bairro de Al Hassba, onde morreram 38 pes­­soas na última terça-feira, permaneceu isolado.

A situação era extremamente tensa e muitos civis tentavam se esconder para se protegerem.

Os rebeldes também ocuparam os escritórios da companhia nacional aérea iemenita, depois de tentarem tomar o ministério do Interior, segundo testemunhas. "Se os homens do xeque Al-amar não se retirarem hoje [quarta-feira] dos edifícios, nós vamos obrigá-los a sair", disse à AFP um alto funcionário do governo, que pediu anonimato. Com a perigosa si­­tuação, muitos moradores tentam sair da capital, onde ontem houve cortes no sistema de água e energia. As pessoas estão fugindo principalmente para o sul do país, já que no caminho para o norte há guardas republicanos avisando que eles podem não ser autorizados a voltar. As hostilidades cessaram no fim da noite de terça-feira após um apelo do presidente, Ali Abdallah Saleh, que pediu um cessar-fogo a suas tropas, ao mesmo tempo em que solicitou aos combatentes do poderoso chefe tribal que saíssem dos prédios públicos.

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