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França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e países árabes exigiram na sexta-feira que o líder líbio, Muamar Kadafi, impedisse o avanço de suas tropas e voltasse a fornecer água e energia elétrica às cidades que tiveram o fornecimento interrompido.
Em comunicado divulgado pelo gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em nome das partes envolvidas, os países também disseram que as forças líbias deverão interromper o avanço em direção a Benghazi e se retirar de outras três cidades: Misrata, Zawiyah e Ajdabiya.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu na sexta-feira (18) Kadafi a obedecer as exigências da ONU por um cessar-fogo, ou então enfrentará as consequências, incluindo uma ação militar.
"Todos os ataques contra todos os civis devem ser encerrados", disse Obama em discurso na Casa Branca.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na quinta-feira uma resolução apoiando uma zona de exclusão aérea e "todas as medidas necessárias" para proteger os civis das forças de Kadafi, há 41 anos no poder.
Reunião
Tudo está pronto para uma intervenção militar na Líbia e o cessar-fogo imediato declarado pelo governante Muamar Kadafi será examinado neste sábado (19), em uma cúpula "decisiva", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé. "Nós estamos prontos", contou aos jornalistas, após ter conversado com o primeiro-ministro François Fillon, informa a agência France Presse.
"O encontro de amanhã, que juntará vários países europeus, os americanos, os países árabes e africanos, será o momento, mais do que todos, para analisar os recentes comunicados do regime de Kadafi sobre o cessar-fogo e tirar as conclusões", disse Juppé. "Eu repito, tudo está pronto. Não quero dar a vocês mais um prazo", afirmou o chanceler.
Cessar-fogo
Mesmo com o anúncio de cessar-fogo da Líbia, Khalifa Heftir, um comandante dos rebeldes que lutam para derrubar Muamar Kadafi, disse hoje que o anúncio do governo de um cessar-fogo imediato "não é importante para nós". Segundo Heftir, Kadafi está "blefando" com a declaração.
Jornalistas
Outro fato que chamou a atenção dos Estados Unidos nesta sexta foi o anúncio da libertação dos quatro jornalistas do diário The New York Times, desaparecidos na Líbia desde a última terça-feira. Eles foram capturados por forças do governo e serão libertados ainda nesta sexta-feira (18), informou o próprio jornal norte-americano.
O diário informou o público sobre a desaparecimento dos quatro na quarta-feira. Eles sumiram perto da cidade portuária de Ajdabiya, durante confrontos entre rebeldes e forças do governante Muamar Kadafi.