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Protesto contra Muamar Kadafi em Atenas, na Grécia: manifestações pela saída do ditador aumentam na Europa | Yiorgos Karahalis/Reuters
Protesto contra Muamar Kadafi em Atenas, na Grécia: manifestações pela saída do ditador aumentam na Europa| Foto: Yiorgos Karahalis/Reuters

Londres - Enquanto países europeus e os EUA não se entendem sobre uma ação militar contra a Líbia, a França deu um passo à frente na questão diplomática e reconheceu os rebeldes do Conselho Nacional Líbio (CNL) como o governo legítimo do país.

A França pretende agora enviar uma embaixador a Benghazi, cidade no leste da Líbia que funciona como capital para os opositores.

O reconhecimento foi festejado pelos rebeldes, que esperam a mesma ação de outros países. Eles entendem que uma validação diplomática de várias nações dará acesso ao dinheiro do país congelado no exterior e ao lucro da venda de petróleo.

Mas o ato francês não foi acompanhado pela União Europeia nem por outro país. O Reino Unido afirma considerar que os rebeldes são interlocutores legítimos, mas que não reconhece grupos, apenas Estados. Já os EUA romperam totalmente as relações com o governo líbio e ordenou o fim das operações da embaixada do país em Washington.

Os líderes da União Europeia se reúnem hoje para discutir resposta à situação na Líbia, descrita pela Cruz Vermelha como de guerra civil. Segundo o grupo de ajuda humanitária, cresceu muito o número de mortos e também de pessoas feridas.

O secretário-geral da Otan (organização militar que reúne EUA e países europeus), Anders Fogh Rasmussen, disse que a organização está pronta para agir. Mas afirmou que há três pré-requisitos: 1) que uma ação militar se mostre realmente necessária; 2) que exista uma base legal clara (o que significa uma aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU); 3) que haja apoio dos países da região.

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