Os países fundadores do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, divulgaram nesta quinta-feira (30) uma declaração exigindo o retorno da normalidade no Equador.
O país da América do Sul sofre um dia de agitação com protestos de policiais. O presidente Rafael Correa fala em golpe de estado, o governo confirmou a primeira morte, e o país já decretou estado de exceção.
Na declaração, os países citam o protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que trata do "compromisso democrático" do bloco, para cobrar a restauração da normalidade no país da América do Sul. "Ao reiterarem os termos do Protocolo de Ushuaia de Compromisso Democrático do Mercosul, do qual faz parte o Equador, exigem o imediato retorno da normalidade constitucional no Equador"
Os países declaram "apoio e solidariedade" ao Correa e afirmam ter "confiança" de que ele possa retomar a normalidade de suas funções. A declaração afirma ainda que as ações desta quinta-feira "representam clara tentativa de sublevação constitucional por setores das Forças de Segurança daquele país".
Veja a íntegra da declaração:
"Os Estados Partes do Mercosul tomaram conhecimento com profunda preocupação dos graves eventos que estão ocorrendo no Equador, no dia de hoje. As ações representam clara tentativa de sublevação constitucional por setores das Forcas de Segurança daquele país.
Os Estados Partes do Mercosul condenam energicamente todo e qualquer tipo de ataque ao poder civil legitimamente constituído e à ordem constitucional e democrática do Equador.
Ao reiterarem os termos do Protocolo de Ushuaia de Compromisso Democrático do Mercosul, do qual faz parte o Equador, exigem o imediato retorno da normalidade constitucional no Equador. Manifestam seu firme apoio e solidariedade ao Presidente Rafael Correa Delgado e sua confiança de que possa prontamente retomar a normalidade de suas funções.
Os Estados Partes do Mercosul endossam integralmente a posição já manifestada pela Unasul, por meio de seu Secretário-Geral, Nestor Kirchner, e apóiam a realização de Reunião Extraordinária de Ministros das Relações Exteriores daquele organismo".
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