A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou nesta quinta-feira (30) repúdio a "qualquer tentativa de alteração da institucionalidade democrática no Equador" e conclamou os policiais e militares amotinados a "evitarem todo e qualquer ato de violência que possa exacerbar uma situação de instabilidade política". O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, qualificou a situação no Equador como um "golpe de Estado em marcha" e disse que está tentando marcar para Quito o breve possível.
"A situação é grave. Devemos reagir de maneira contundente. Há uma diferença com o caso de Honduras, que é o fato de ainda não se ter consumado o golpe. Devemos impedir que este se consume, agindo rapidamente e de maneira unânime", declarou Insulza, em Washington, nos Estados Unidos.
A declaração de repúdio da OEA foi aprovada por unanimidade em sessão extraordinária convocada pela missão do Equador na entidade. A OEA declara ainda respaldo total a Correa "em seu dever de preservar as ordens institucional e democrática e o estado de direito".
EUA
O governo dos EUA condenou hoje a manifestação de centenas de policiais e militares equatorianos que protestavam contra a aprovação de uma lei que retiraria alguns benefícios das forças de segurança. "Os Estados Unidos deploram todo tipo de violência que possa ser associada com esses fatos", disse Luoma-Overstreet porta-voz do Departamento de Estado.
O governo de Washington "expressa seu total apoio ao presidente Rafael Correa e às instituições democráticas do Equador", acrescentou o porta-voz, em comunicado. Ele também afirmou que as autoridades norte-americanas estão "acompanhando de perto a situação" e exortou "toda a sociedade equatoriana a se reconciliar e a usar o diálogo, perante das instituições democráticas, para chegar a uma rápida e pacífica restauração da ordem."
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