Da esquerda para a direita, Durão Barroso (União Europeia), Sarkozy (França), Obama (EUA) e Naoto Kan (Japão) durante encontro em Deauville, litoral francês| Foto: Philippe Wojazer/AFP

Disputa

Potências defendem ministra francesa para a direção do FMI

Representantes da cúpula do G8 defenderam ontem a candidatura da ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, ao principal cargo do FMI, também pretendido por países emergentes. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que "seria apropriado que o diretor do FMI fosse um europeu".

Desde o início da reunião estava claro que os dirigentes das oito economias mais importantes do mundo com peso no conselho de administração do FMI iriam falar sobre a sucessão de Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo após sofrer acusações de agressão sexual e tentativa de estupro.

A Rússia, que faz parte do seleto clube dos oito e que também integra os Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul), considerou que os emergentes deveriam ter "uma representação mais ampla" no controle do FMI. Os emergentes pedem uma maior representatividade devido ao aumento da sua participação na economia mundial.

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Os líderes do G8, grupo que reúne Estados Unidos, Japão, Ale­­ma­­nha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia, pressionaram ontem pela renúncia dos ditadores do Iêmen, Ali Abdullah Sa­­leh, e da Líbia, Muamar Ka­­dafi.

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"Nós continuamos a apoiar a saída do ditador Saleh’’, disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em meio à cúpula do G8 em Deauville, na França.

"Estamos muito preocupados com os enfrentamentos entre as várias facções no Iêmen’’, disse Hillary, que classificou a situação como "muito volátil’’.

Saleh se recusou três vezes a assinar o acordo de transição pa­­cífica mediado pela comunidade internacional.

O presidente da França, Nico­­las Sarkozy, mais uma vez pediu a Kadafi que deixe o poder. "Ka­­dafi tem uma solução: pedir a seus soldados para que retornem aos quartéis e deixar o poder após 41 anos de ditadura na Líbia", afirmou.

Ontem, o governo líbio propôs um cessar-fogo para um acordo com rebeldes.

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Ajuda

A cúpula discutiu um pacote de ajuda à Tunísia e ao Egito, que ti­­veram seus ditadores depostos na onda de revoltas pró-democracia.

Os detalhes do pacote devem ser divulgados hoje, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou ontem que a região precisa de mais de US$ 160 bilhões nos próximos três anos. O órgão ofereceu contribuir com US$ 35 bilhões.

Os líderes do G8 alertaram também que a dívida pública de países como a Grécia, em crise desde o ano passado, puxa para baixo o crescimento mundial.