A Embaixada do Brasil na Líbia aguarda autorização do governo do presidente líbio, Muammar Kadafi, para o pouso de um avião fretado que vai retirar cerca de 170 brasileiros que estão em Benghazi - uma das principais cidades do país e onde há protestos intensos nas ruas. O Ministério das Relações Exteriores em Brasília espera respostas da representação diplomática sobre as negociações.

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Os confrontos, que já duram uma semana na Líbia, levaram ao agravamento da crise no país. Há dificuldades de comunicação com a Embaixada do Brasil em decorrência dos problemas de comunicação. A maioria dos telefones fixos na Líbia está impedida de fazer ligações para o exterior.

No domingo (20) o embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, fez o pedido às autoridades do país, mas não obteve resposta. O avião foi fretado pela construtora Queiroz Galvão, responsável por alguns dos brasileiros que estão na região. Há também funcionários das empresas Odebrecht e Petrobras.

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Na Líbia, de acordo com o Itamaraty, há cerca de 500 a 600 brasileiros. A ideia é retirar essas pessoas, que estão em Benghazi, e levá-las para a capital da Líbia, Tripoli. Porém, é necessário ainda obter visto de saída para os brasileiros. Só depois dessa autorização, os brasileiros poderão deixar a região.

Em seis dias de protestos na Líbia, o número de mortos pode chegar a 233, segundo a organização não governamental (ONG) Human Rights Watch. Na última noite, houve tiroteios intensos em diversos bairros de Trípoli, após o discurso de Seif Al Islam, filho de Muammar Kadafi.

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