O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, rebateu nesta segunda-feira as acusações da revista Câmbio sobre supostas ligações entre integrantes do governo brasileiro e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), especialmente com ex-padre Olivério Medina - apontado como embaixador informal das Farc no Brasil .
Segundo Barreto, não existe nenhum dado objetivo que indique vínculo entre representantes do governo com as Farc. Ele afirma ainda que o processo que resultou na concessão de refúgio de Olivério no Brasil transcorreu dentro das regras estabelecidas em Lei, e nenhum integrante do governo fez pressão para aprovação do pedido de refúgio.
Luiz Paulo Barreto, que é presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), põem sob suspeita os interesses de divulgação da revista neste período pré-eleitoral na Colômbia.
- Isso causa estranheza ao Conare porque esse assunto vem à tona agora com roupagem eleitoral - disse Barreto.
Para integrantes do governo brasileiro, a revista Câmbio divulgou conteúdo de e-mails de Olivério Medina, com citações de nomes de políticos brasileiros, para reascender a polêmica sobre o ex-padre, e a partir daí, ajudar a campanha do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, candidato à Presidência da República. A revista seria ligada a familiares do ministro.
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