O governo e o Congresso dos Estados Unidos começaram a discutir nesta quarta-feira a aprovação de uma lei de emergência para ajudar a recuperar as áreas atingidas pelo furacão Katrina.
Segundo autoridades do país, a região pode precisar de uma ajuda semelhante àquela mobilizada depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Para Joe Allbaugh, que coordenou os esforços de recuperação após os ataques contra Nova York e Washington, a ajuda a ser enviada pelo governo federal devido ao Katrina pode se aproximar dos US$ 30 bilhões.
- Esse será o desastre mais dispendioso da história deste país - afirmou Allbaugh, que está na cidade de Baton Rouge, Louisiana, e deixou de ser chefe da Agência Federal de Enfrentamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês) em 2003.
No ano passado, foi aprovado o envio de cerca de US$ 13,6 bilhões para ajudar as áreas do sudeste dos EUA atingidas por quatro furacões. A maior parte do dinheiro acabou tendo a Flórida como destino.
Segundo Allbaugh, os ataques de 11 de setembro podem proporcionar um parâmetro mais adequado para comparações com os danos provocados pelo Katrina do que os furacões que passaram pelo país em 2004.
Os violentos ventos do furacão e as enchentes provocadas por ele fecharam nove refinarias de petróleo do golfo do México e outras quatro funcionam parcialmente. Essas instalações são parte da infra-estrutura da região que precisa ser reconstruída.
A Fema possui cerca de US$ 2,4 bilhões para gastar imediatamente com os esforços de emergência. Segundo autoridades e analistas, esse dinheiro deve durar algumas semanas ou talvez um mês.
O Congresso e o governo, liderado pelo presidente George W. Bush, discutem uma lei para ajudar os estados da Louisiana e do Mississippi depois que esse dinheiro acabar.
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse a jornalistas esperar que um pedido de suplementação orçamentária seja necessário.
- Esté é uma grande catástrofe e certamente vamos fazer tudo possível, do ponto de vista do governo federal, para garantir que as necessidades sejam atendidas da melhor forma possível - disse ele.
Devido à crise, Bush interrompeu suas férias no Texas para regressar a Washington. O Congresso deve retomar os trabalhos na terça-feira, depois de um recesso de verão.
O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, disse ao canal de TV ABC que a hist"rica cidade portuária pode continuar inabitável por até três ou quatro meses. Os esfoços de ajuda podem envolver a construção de novas casas para 500 mil pessoas.
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