Justiça mantém prisão de governador oposicionista da Bolívia
A Justiça boliviana rejeitou nesta quinta-feira (18) liberdade ao governador oposicionista do departamento de Pando, detido pela suspeita de ordenar um massacre de camponeses simpáticos ao governo socialista de Evo Morales.
Brasil indica representante para comissão de apoio à Bolívia
O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira (18), por meio de nota do Ministério das Relações Exteriores, a designação do embaixador Luiz Filipe de Macedo Soares Guimarães para ser o representante brasileiro na Comissão de Apoio e Assistência ao Governo da Bolívia, estabelecida pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O presidente Evo Morales e oito dos nove governadores bolivianos iniciaram nesta quinta-feira (18) um diálogo a portas fechadas em busca de acordos para superar um longo e violento conflito político que nas últimas semanas ameaçou dividir o país.
O encontro, em um centro de convenções na periferia da cidade central de Cochabamba e iniciado com quase duas horas de atraso às 08h50 (9h50 de Brasília), acontecia enquanto a normalidade retornava a grande parte do país, após uma onda de protestos anti-governo que deixou pelo menos 17 mortos.
"Esta é talvez a última oportunidade de resolver os problemas nacionais em paz", disse ao chegar à reunião o governador do Departamento sulista de Tarija, Mario Cossío, porta-voz dos distritos opositores que reclamam autonomia e rejeitam uma nova Constituição indigenista-socialista impulsionada por Morales.
Não foi divulgada a programação do encontro, embora o presidente Morales tenha dito previamente que pretendia que este transcorresse sem interrupções para produzir um acordo antes de 30 dias.
Os Departamentos de Santa Cruz, a capital econômica do país, Beni, Pando e Tarija lideraram nas últimas três semanas uma onda de protestos que incluiu violentas invasões de repartições públicas, bloqueios de estradas e sangrentos enfrentamentos com seguidores de Morales.
Os distritos, que concentram a maior parte da riqueza do empobrecido país, se opõem à nova Constituição, que aprofunda a nacionalização da economia, dá mais poder à maioria indígena e combate os latifúndios, especialmente nas terras baixas do leste da Bolívia.
Após a onda de violência, a oposição decidiu aceitar um convite do governo ao diálogo, que inclui dar mais poder aos departamentos opositores e lhes devolver parte da arrecadação de um imposto sobre os hidrocarbonetos.
Em troca, a oposição deveria aceitar que Morales, que na segunda-feira recebeu um forte apoio dos mandatários sul-americanos em uma cúpula da Unasul em Santiago, no Chile, consulte a população sobre sua nova carta magna.
"O governo está certo de que é possível um acordo que garanta a continuidade do processo de mudanças, começando pela nova Constituição, e ao mesmo tempo responda às demandas regionais de autonomia," disse o vice-ministro de Descentralização, Fabián Kaksic.
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