O governo polonês aprovou formalmente nesta terça-feira (19) um acordo de sistema de defesa antimísseis com os Estados Unidos. A resolução ocorre às vésperas de uma visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ao país. O vice-primeiro-ministro, Grzegorz Schetyna, disse que o gabinete do primeiro-ministro Donald Tusk firmou o acordo, segundo o qual a Polônia receberá 10 interceptadores de mísseis. Em troca, os EUA auxiliarão na melhoria do Exército polonês. O texto ainda necessita de aprovação do Parlamento e do próprio Tusk.
O documento deve ser aprovado em todas essas instâncias. Condoleezza chegará a Varsóvia na noite desta terça e deve firmar o acordo na quarta com o ministro de Relações Exteriores, Radek Sikorski, com a presença de líderes poloneses. O anúncio do acordo entre Washington e Varsóvia foi feito na semana passada durante a contra-ofensiva militar da Rússia na Geórgia. Moscou sustenta que as instalações antimísseis norte-americanas na Polônia e na República Checa teriam como alvo também a própria Rússia, informação negada pelos EUA. Segundo o governo norte-americano, o único objetivo do projeto é a proteção contra um eventual ataque do Irã.
A Rússia chegou inclusive a ameaçar a Polônia - um ex-satélite soviético - por aceitar o acordo com os Estados Unidos. Em Bruxelas, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Scheffer, usou uma incomum linguagem para rebater as ameaças. "É uma retórica patética. Não ajuda nada e não leva a lugar algum", disse. Os EUA pretendem também instalar um sistema de radares na República Checa, também como parte de seu sistema de defesa antimísseis. Esse acordo ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento checo.
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