O governo turco ameaçou nesta segunda-feira (17) utilizar as Forças Armadas para acabar com os protestos no país se a atuação da polícia não for suficiente, anunciou o vice-primeiro-ministro, Bullent Arinç.
"O que se requer de nós é acabar com os protestos que forem ilegais. A polícia está atuando e se não for bastante temos a Gendarmaria. E se não bastar, temos as Forças Armadas. A lei nos dá essa autoridade", disse Arinç em entrevista televisionada.
Em suas declarações à televisão A Haber, Arinç defendeu a atuação policial, criticada fora e dentro da Turquia pelo excessivo uso da força, disse que os agentes exercerão toda a autoridade de que dispõem e afirmou que os críticos são os responsáveis por atos de vandalismo.
Além disso, disse que a onda de protestos que começou há três semanas para defender o parque Gezi, em Istambul, tornou-se ilegal e que as manifestações serão dissipadas e serão iniciados processos judiciais contra seus responsáveis.
"Acho que as inocentes manifestações que começaram há 20 dias terminaram completamente", afirmou em relação à ocupação do parque Gezi por milhares de pessoas para evitar sua urbanização.
O parque foi desalojado a força no sábado passado e hoje permanece proibido a entrada no local.
- 27 cidades pelo mundo terão atos de protesto em apoio a manifestantes brasileiros
- Polícia retira restrição de acesso à praça Taksim de Istambul
- Mais de 2.600 brasileiros protestam na Europa e nos EUA contra aumento de tarifas
- Ato a favor de premiê reúne milhares em Istambul
- Sindicatos turcos convocam greve nacional para esta segunda-feira
- Médicos turcos denunciam uso "selvagem" de gás lacrimogêneo em manifestações
- Em novos confrontos, polícia turca 350 manifestantes