A Grã-Bretanha reduziu na quarta-feira seu nível de alerta contra o terrorismo, que havia chegado ao topo da escala, e fontes ligadas às investigações dizem que a polícia acredita já ter prendido os principais responsáveis pelos planos de atentados da semana passada.

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A ministra do Interior, Jacqui Smith, disse que a redução do nível de ameaça de "crítico" para "severo" implica que não há mais "informações que sugiram que um ataque é esperado de forma iminente", embora permaneça uma ameaça "séria e real."

O nível de ameaça havia sido aumentado na semana passada, depois que dois homens investiram com um jipe cheio de combustível contra o aeroporto de Glasgow, provocando um incêndio, um incidente ligado a dois carros-bomba que a polícia desativou em um bairro de movimento noturno em Londres.

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Fontes de segurança disseram que todas as oito pessoas presas, sendo uma delas na Austrália, são médicos ou têm ligação com o ramo da saúde. O primeiro-ministro Gordon Brown determinou uma revisão das práticas de recrutamento na saúde pública do país.

"Pedi ao novo ministro de (combate ao) Terrorismo que conduza uma revisão imediata com relação aos arranjos que devemos fazer quanto ao recrutamento no Serviço Nacional de Saúde", disse Brown na quarta-feira ao Parlamento.

Embora não haja pistas de que a formação médica tenha sido essencial no complô, o suposto envolvimento de médicos causou inquietação na Grã-Bretanha, onde quase 40 por cento dos médicos registrados se formaram no exterior.

Analistas de segurança dizem que a idéia de que militantes islâmicos estariam trabalhando em hospitais, com potencial acesso a substâncias biológicas e radiativas perigosas, é alarmante, mesmo que tais materiais não tenham aparecido nos recentes planos terroristas.

"Se todos esses médicos estão envolvidos nesta célula, isso é muito perturbador. Essa é uma dimensão inteiramente nova para os serviços de segurança", disse M.J. Gohel, da Fundação Ásia-Pacífico, em Londres.

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O jornal The Times disse que um clérigo anglicano britânico em Bagdá recebeu em abril um alerta de um líder da Al Qaeda no Iraque de que havia ataques sendo planejados na Grã-Bretanha e nos EUA e que "as pessoas que lhe curam vão lhe matar" -- o que é visto em retrospecto como uma possível referência aos médicos.

O cânon Andrew White disse ao Times que transmitiu o alerta, mas não as palavras textuais, a um funcionário da chancelaria britânica.

A Grã-Bretanha passou a conviver com ataques e ameaças depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA e depois que Londres decidiu participar da ocupação do Iraque, em 2003.

Em julho de 2005, quatro jovens muçulmanos britânicos cometeram atentados suicidas que mataram outras 52 pessoas nos transportes públicos londrinos.

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