Dois dos principais partidos opositores sírios concordaram com um roteiro para chegar à democracia se os protestos em massa tiverem sucesso em derrubar o presidente Bashar al-Assad, de acordo com uma cópia do documento ao qual a Reuters teve acesso. O grupo de oposição líder, em exílio, o Conselho Nacional Sírio (CNS) assinou o acordo com o Comitê de Coordenação Nacional, grupo cuja maioria está dentro da Síria e que discordou de ensejos do CNS por intervenção internacional. Esta foi uma de algumas disputas que dividiram os grupos de oposição e os impediram de chegar a um acordo sobre como uma Síria pós-Assad seria. De acordo com o pacto, os dois lados "rejeitam qualquer intervenção militar que afete a soberania ou estabilidade do país, sem considerar a intervenção árabe como estrangeira". Ativistas na Síria expressaram pessimismo no sábado em que monitores da Liga Árabe que visitam o país podem interromper a repressão de Assad aos manifestantes, que já dura nove meses, e pediram aos estados árabes que tomem medidas mais duras para parar com o derramamento de sangue. O acordo descreve um período de transição de um ano, que poderia ser renovado por uma vez se necessário. Nesse período, o país adotaria uma nova constituição "que assegure um sistema parlamentar para um estado civil democrático e pluralístico e que garanta a troca de poder por meio de eleições para um parlamento e para um presidente da república".
Reunião O documento diz que o acordo será apresentado a outros grupos de oposição em uma reunião no próximo mês. Moulhem Droubi, um dos principais integrantes do Conselho Nacional Sírio confirmou à Reuters que o documento foi assinado na sexta-feira (30). O documento diz que "o povo será a fonte de poder e a base da legalidade" e exige que o estado seja baseado em uma separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário. Este ainda diz que a liberdade religiosa será garantida pela nova constituição e condena qualquer sinal de sectarismo ou "militarização do sectarismo".
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