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O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) está disposto a uma trégua de 50 a 60 anos se Israel se retirar da Cisjordânia, voltando às linhas ou fronteiras anteriores à guerra de 1967, segundo Ahmed Youssef, conselheiro político do primeiro-ministro Ismail Haniyeh.

Em declarações exclusivas ao jornal israelense "Haaretz", Youssef diz que o Hamas prefere deixar para um futuro distante um acordo de paz com o Estado de Israel, cuja legitimidade não reconhece.- É possível deixar o assunto de um tratado de paz para gerações futuras. Se chegarmos a um acordo para um cessar-fogo (hudna), o futuro vai dizer se Israel quer viver em paz com os palestinos - opina Youssef, acrescentando que seu grupo não pretende reconhecer Israel.

O movimento Hamas também se nega a respeitar os acordos assinados pela ANP com Israel desde 1993. No entanto, Youssef declara que está disposto a permitir que o presidente Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, negocie com Israel em nome do governo de Haniyeh.

- É a sua função - diz.

Haniyeh também aceita que seus ministros mantenham contatos sobre assuntos específicos de seus ministérios com Israel.

- Uma trégua a longo prazo é hoje o melhor para os israelenses e os palestinos. Vocês terão a paz que querem, e nós resolveremos nossos problemas internos - observa.

O conselheiro critica o braço armado do Hamas, as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam. O grupo voltou a operar após quase 18 meses de um período de calma contra Israel, por causa da morte de sete civis palestinos numa praia de Gaza.

- Retomar os atentados suicidas não serve aos interesses do governo palestino. O governo do Hamas é contra os ataques a civis de ambos os lados, mas Israel é que fomenta os ataques terroristas. Não esperem que atuemos como cristãos. Se nos baterem, não vamos oferecer a outra face - conclui.

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