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Mascarados e na Faixa de Gaza, militantes palestinos preparam foguetes a serem lançados contra Israel, nesta quarta-feira (24) | Reprodução/G1/Ashraf Amra
Mascarados e na Faixa de Gaza, militantes palestinos preparam foguetes a serem lançados contra Israel, nesta quarta-feira (24)| Foto: Reprodução/G1/Ashraf Amra

O ex-premiê e atual ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta quinta-feira (25) que os integrantes do Hamas vão pagar um "preço caro" se continuarem a lançar foguetes contra o país.

Só nesta quarta-feira (24) 80 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra o território israelense. Nesta quinta-feira (25), novos ataques também foram registrados em Israel. Inicialmente, não houve vítimas fatais, mas a Estrela de Davi Vermelha disse ter sido chamado para controlar pessoas com ataques de pânico.

A afirmação do ministro foi publicada pelo jornal israelense "Jerusalem Post". Barak, completa o diário, insistiu ainda que "não vamos aceitar a situação". "Quem prejudica os cidadãos e os soldados israelense vão pagar um preço caro".

Apesar de não ter sido uma ofensiva mais forte, Israel já deu os primeiros sinais de resposta militar.

Outro jornal israelense, o "Haaretz", cita uma fonte oficial para dizer de que haverá uma resposta contra a Faixa de Gaza. "Nossa resposta será substancial e dolorosa contra o Hamas", publica o diário.

O "Haaretz" publica, porém, que ainda ninguém do governo israelense comenta quando pode ocorrer a resposta militar.

Devido aos ataques insistentes, o alerta vermelho segue ligado pela Estrela de Davi Vermelha em toda a área próxima da fronteira com a Faixa de Gaza.

Para tentar encontrar uma solução pacífica, a ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, se encontrou com o presidente egípcio Hosni Mubarak, no Cairo, nesta quinta-feira. A iniciativa é achar uma forma de um novo cessar-fogo com os integrantes do Hamas. O último acabou na sexta-feira (19).

Primeiro revide

Um palestino morreu hoje em Gaza em um ataque aéreo israelense contra plataformas de lançamento de foguetes e morteiros, depois que 100 projéteis foram disparados nas últimas 24 horas da faixa em direção a Israel.

Por causa do bombardeio em massa de foguetes, o Governo israelense decidiu que a fronteira com Gaza permaneceria fechada por mais um dia.

Fontes médicas de Gaza disseram, segundo a agência de notícias "Efe", que o miliciano fazia parte de um comando que estava ao sul de Rafah e que, pouco antes, tinha disparado oito bombas contra a passagem fronteiriça de Kerem Shalom, na tríplice fronteira entre a faixa, Israel e Egito.

Helicópteros israelenses detectaram os milicianos e fizeram um ataque aéreo, matando um deles e ferindo outros três, informaram as fontes.

"A responsabilidade pela deterioração da situação no sul é unicamente do Hamas", disse o porta-voz do Ministério de Exteriores de Israel, Mark Regev, que afirmou que o movimento "atua com o objetivo de frustrar os entendimentos obtidos com a mediação do Egito e quer minar a paz".

O porta-voz fazia referência aos esforços diplomáticos do Cairo para conseguir uma nova trégua na zona, depois que a anterior expirou no dia 19, e, na segunda-feira, o Hamas concordou com um cessar-fogo de 24 horas para permitir que a ajuda humanitária egípcia entrasse na faixa.

Por causa dos ataques, Israel decidiu voltar atrás em sua decisão de reabrir alguns postos fronteiriços com Gaza, disse à Efe Peter Lerner, porta-voz do organismo dependente do Ministério da Defesa que coordena as atividades de Israel nos territórios palestinos.

"Israel demonstrou até agora muita contenção, apesar dos contínuos ataques com foguetes contra nossos civis", ressaltou o porta-voz do primeiro-ministro israelense.

Em comunicado, o braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezzedin al-Qassam, assumiu a autoria dos ataques, em resposta "à morte de cinco militantes". Dois deles morreram na última madrugada, ao serem atingidos pelos estilhaços de explosivos que detonaram antes do tempo.

Esta é a primeira vez desde o retorno às hostilidades que o Hamas assume a autoria dos lançamentos de projéteis contra Israel, o que, até agora, era feito pela Jihad Islâmica, uma pequena e radical facção.

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