A ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton causou furor na comunidade internacional ao comparar os argumentos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para invadir a Crimeia, com os utilizados por Adolf Hitler na década de 1930, que conduziram à Segunda Guerra Mundial.

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O paralelismo, realizado terça-feira (4) à noite em um evento de arrecadação de fundos em Long Beach, na Califórnia, foi comentado nesta quarta-feira (5) por destacados congressistas republicanos como o senador e ex-candidato presidencial John McCain.

Hillary disse que os argumentos usados por Putin - a defesa da população de origem russa que vive na Crimeia - "soam familiares".

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"É o que Hitler fez nos anos 30", afirmou a ex-primeira-dama, que terá que anunciar neste ano se vai concorrer pela segunda vez à condição de candidata democrata à presidência dos EUA.

"Quando olha para a Ucrânia, [Putin] vê um lugar que ele acredita que é por definição parte da Mãe Rússia", acrescentou.

Imprensa

As palavras de Hillary contrastam com as imagens que a imprensa americana resgataram nesta quarta (5) de seus arquivos.

Sendo secretária de Estado, Hillary Clinton encenou em 2009 uma mudança nas relações com a Rússia mediante a entrega ao chanceler russo, Sergei Lavrov, de um simbólico botão vermelho de reinício que apertaram juntos, aos risos, para zerar o contador nas relações entre os dois países.

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Em seus comentários de terça à noite, ela reconheceu o "suspense" atual quanto à estratégia da Rússia na península da Crimeia e as críticas de Moscou às novas autoridades de Kiev.

"Ninguém quer que a retórica escale. Todo mundo quer esfriá-la para encontrar uma solução diplomática, e isso é o que deveríamos fazer", declarou.

Crítica

O senador pelo Arizona e ex-candidato presidencial republicano John McCain aproveitou os comentários de Hillary para acirrar suas críticas a Putin.

"Se Putin se permite ir a uma nação soberana em nome dos cidadãos que falam russo, isso é o mesmo que Hitler fez antes da Segunda Guerra Mundial (...) Portanto estou satisfeito que Hillary Clinton o tenha comentado", disse McCain nesta quarta (5).

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No entanto, o político, conhecido por sua frontal oposição a Putin, não deixou passar a oportunidade de criticar o período de Hillary à frente da diplomacia americana por permitir que a Rússia tenha se encorajado a adotar tal postura.

"Toda esta administração merece ser culpada de fraqueza e pela má interpretação da natureza de Vladimir Putin", afirmou McCain.