A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exigiu do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que transfira os impostos e taxas alfandegárias que retém da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

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Israel nega a transferência destes fundos desde que a Palestina foi admitida na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com o jornal "Haaretz", Hillary ligou na segunda-feira à noite ao primeiro-ministro, depois de ter enviado várias mensagens que não obtiveram resposta.

O escritório do primeiro-ministro confirmou a imprensa sobre a ligação, mas disse que o conteúdo da conversa seria o programa nuclear iraniano, e não o dinheiro dos palestinos.

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Israel tem cerca de US$ 100 milhões da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que retém para ela todos os meses em virtude dos protocolos econômicos dos Acordos de Oslo de 1994, e que em várias ocasiões usou como ferramenta de pressão política.

O dinheiro retido pertence aos impostos e taxas de alfândegas do mês de outubro e deveriam ser transferidos à ANP no início de novembro, mas foram bloqueados em represália pela admissão da Palestina à Unesco.

Uma fonte governamental israelense disse ao "Haaretz" que Netanyahu rejeitou o pedido de Hillary e argumentou que não tem maioria no Conselho de Ministros para isso.

A fonte acrescentou que o Governo israelense quer esperar o resultado da reunião na sexta-feira no Cairo entre o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o líder do Escritório político do Hamas, Khaled Mashaal, que pode abrir a porta a um Governo de unidade na Cisjordânia e Gaza, repudiado por Israel.

O telefonema de Hillary foi anterior ao pedido público feito na terça-feira pelo ministro de Relações Exteriores palestino, Riad al-Maliki, e o porta-voz do Executivo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ghassan Khatib, para que a comunidade internacional exerça pressão sobre Israel.

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Se o congelamento de fundos continuar, mais US$ 100 milhões serão somados ao montante, que são vitais para as finanças da ANP, por serem usados para o pagamento dos salários de funcionários.