A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, chegou ontem ao Egito, na primeira investida do governo de Barack Obama para desbloquear o processo de paz árabe-israelense.
Hoje, ela participa de uma conferência de doadores para a Faixa de Gaza e deve anunciar a concessão de ajuda de mais de US$ 500 milhões para o território palestino, devastado pela invasão israelense iniciada no fim de dezembro. Em seguida, ela irá para Jerusalém e para a Cisjordânia para conversar com autoridades israelenses e palestinas.
"A visita tentará atrair os dois lados para um processo de paz, mas sabemos que isso é bastante complicado", disse um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA. A viagem da secretária de Estado sucede a do enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell.
Hillary deve se encontrar com o primeiro-ministro designado de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu que está tentando formar um novo gabinete, com a chanceler, Tzipi Livni, do partido centrista Kadima, e com o ministro da Defesa, Ehud Barak, do Partido Trabalhista.
"Dada a situação da política local, ela deve escutar muito e falar pouco", diz Daniel Levy, da New America Foundation em Washington. "Tudo que disser poderá ser interpretado como um posicionamento nas negociações para a formação da coalizão de governo." Segundo autoridades americanas, na conferência de hoje no resort egípcio de Sharm el-Sheikh, Washington deve pedir mais dinheiro a seus aliados - o que pode elevar o montante da ajuda para US$ 900 milhões.
Boa parte desse dinheiro, porém, ainda precisa ser liberada pelo Congresso americano, que está mais preocupado com a crise econômica. Além disso, há temores de que uma injeção de recursos fortaleça o grupo islâmico radical Hamas, que governa Gaza. Hillary deve ressaltar no encontro de hoje que nenhum dinheiro dos EUA poderá parar nas mãos do Hamas.
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