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Protestos

Iêmen vive dia de manifestações contra e pró governo

Dezenas de milhares de manifestantes se concentram hoje na Universidade de Sanaa para um "dia de ódio" contra o regime do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh. Um número similar de partidários do regime se concentra na praça central da capital, segundo correspondentes da France Presse.

Partidários de Saleh, alguns deles armados, tomaram a Praça Al-Tahrir na noite de quarta-feira. Com isso, os oposicionistas mudaram o lugar de sua manifestação, que seria em princípio nesta praça. No início da manhã desta quinta, a oposição anunciou o novo local da manifestação em megafones, afirmando que era preciso mudar pois "os homens do partido governista e seus elementos armados estão na (Praça) Al-Tahrir".

A polícia tentava controlar o fluxo de pessoas na praça. Pressionado a renunciar, Saleh anunciou na quarta que não pretende concorrer a um novo mandato em 2013. Além disso, afirmou que desistirá dos planos para mudar a Constituição, o que poderia permitir a ele ficar na presidência por toda a vida. Saleh também disse que se opunha ao poder hereditário, em resposta à suspeita entre seus críticos de que pretende apontar para sucedê-lo seu filho mais velho, Ahmed Saleh, que comanda uma unidade de elite do Exército. O presidente também disse que pretende adiar as controversas eleições parlamentares no país, que estavam marcadas para abril.

A oposição prometeu manter a pressão, com um "dia de fúria". "A manifestação de hoje irá continuar como planejado", afirmou Mohammed Kahtan, membro do partido islâmico Al-Islah. Um membro da aliança de oposição Fórum Comum, Mohammed al-Sabri, disse que o pedido do presidente pelo fim dos protestos era "inaceitável". Porém ele notou também que o grupo iria "discutir o anúncio do presidente".

Saleh enfrenta protestos crescentes desde que o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, foi deposto no mês passado, em meio a uma onda de manifestações, e também com a série de protestos contra o governo no Egito. O presidente iemenita também anunciou medidas urgentes contra o desemprego, na tentativa de ganhar apoio popular.

Saleh ficou no poder entre 1978 e 1990 na República Árabe do Iêmen (Iêmen do Norte) e prosseguiu na presidência quando houve a unificação do norte e do sul do país, formando-se a República do Iêmen. No total, ele está no comando há mais de 32 anos. As informações são da Dow Jones.

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