O ministro do Exterior da Índia disse que teve uma conversa "útil, construtiva e franca" com seu colega paquistanês no domingo, mas não chegou a anunciar uma retomada de negociações plenas de paz entre os dois países rivais, ambos dotados de armas nucleares.

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Os ministros S.M. Krishna, da Índia, e Shah Mehmood Qureshi, do Paquistão, tiveram um encontro de 100 minutos nos bastidores da reunião anual da Assembleia Geral da ONU, numa nova tentativa de melhorar as relações azedadas pelo ataque de militantes contra Mumbai, Índia, no ano passado.

Krishna disse a jornalistas que tratou com Qureshi dos temores de Délhi em relação a grupos militantes cujas bases estão no Paquistão e que Qureshi lhe disse que Islamabad está tomando medidas contra esses grupos.

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As relações entre os dois países foram congeladas após o ataque a Mumbai, em novembro. A Índia suspendeu um processo de paz que já durava cinco anos, dizendo que o Paquistão teria que tomar medidas decisivas contra militantes que a Índia responsabiliza pelo ataque.

O encontro do domingo foi a quarta reunião bilateral entre Índia e Paquistão nos bastidores de reuniões internacionais desde junho. Mas o degelo vem sendo prejudicado pela oposição política na Índia e pelo que a Índia considera ser uma demora do Paquistão em combater o grupo militante Lashkar-e-Taiba, ao qual é atribuído o ataque em Mumbai.

Os Estados Unidos querem que os rivais nucleares reduzam a tensão entre eles e retomem o diálogo, para que o Paquistão possa voltar suas atenções ao Taliban e à Al Qaeda na fronteira afegã.

Índia e Paquistão já travaram três guerras desde a independência, em 1947, e quase voltaram a entrar em guerra em 2002. Os dois países testaram bombas nucleares em 1998.

As décadas de hostilidade entre os dois países, centradas em sua disputa pela região da Caxemira, situada no Himalaya e de população majoritariamente muçulmana, vêm dificultando ou impossibilitando o comércio e os investimentos entre eles.

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