Autoridades indianas prenderam 11 pessoas, a maioria muçulmana, neste sábado, suspeitas de envolvimento com os atentados a bomba em Mumbai. Mas a polícia advertiu que não quer tirar conclusões apressadas.
O pânico tomou a cidade novamente à noite, quando os trens ficaram mais de uma hora parados e os passageiros foram evacuados devido a uma ameaça de bomba numa estação no subúrbio de Mumbai. Após investigação, concluiu-se que havia sido um trote, disse a polícia.
Durante a madrugada, a polícia deteve cerca de 300 pessoas no bairro de Mahim, no centro da cidade. Apenas 11 ficaram presos após interrogatório.
- Eles têm algum tipo de registro criminal. Então queremos fazer mais investigações - disse uma autoridade policial à agência de notícia Reuters.
Cerca de 400 homens estão procurando os responsáveis pelo bombardeio em série de trens e estações na terça-feira, no distrito financeiro indiano, que deixou 179 mortes e quase 700 feridos.
Os principais suspeitos são o grupo militante islâmico Lashkar-e-Taiba, sediado do Paquistão, e o serviço de inteligência paquistanês (ISI). Outros suspeitos são os ex-membros do Movimento Estudantil Islâmico da Índia (SIMI) banido em 2001. O Lashkar negou qualquer participação no atentado, dizendo que o ataque foi "desumano e bárbaro''.
- Vamos deixar as investigações terminarem e então diremos se foi o Lashkar ou o SIMI ou algum outro grupo - disse o chefe do esquadrão antiterrorismo de Mumbai, K. P. Raghusvanshi.