A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, garantiu na terça-feira que uma zona de exclusão aérea só será imposta sobre a Líbia por decisão das Nações Unidas "e não dos Estados Unidos". A afirmação foi feita enquanto crescem os debates sobre uma intervenção externa para auxiliar rebeldes a derrubar o ditador Muamar Kadafi.
Apesar de ter afirmado na segunda-feira que a possibilidade de uma operação militar não está descartada, o próprio presidente Barack Obama seria o mais cauteloso em uma ação contra Kadafi. Além dele, o secretário da Defesa, Robert Gates, mostra-se reticente sobre um envolvimento maior na Líbia e insiste na necessidade de apoio internacional.
Segundo pesquisa do Instituto Rasmussen, 63% dos americanos se opõem a um envolvimento direto dos EUA na crise da Líbia, 22% defendem uma participação maior - outros 15% disseram não saber. Por enquanto, 40% dos americanos afirmam que Obama tem realizado um bom trabalho na questão líbia, de acordo com o levantamento, enquanto 21% avaliam como ruim.
A cautela americana, porém, não é motivo de consenso em Washington. O democrata John Kerry, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, teme que a falta de ação dos EUA possa culminar em tragédias como em Ruanda e na Bósnia. O senador republicano John McCain é outro que pede por ações dos EUA contra Kadafi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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