O grupo italiano de investimentos Compagnia Aerea Italiana (CAI) informou nesta quinta-feira (18) que retirou sua oferta pela Alitalia, uma decisão que deve levar à liquidação da empresa aérea e criar vários transtornos aos passageiros.
Dessa maneira a Alitalia, que está em concordata, deve ficar sem um comprador.
Em comunicado, a CAI disse que as condições de mercado não permitem uma nova oferta ou o prosseguimento das negociações com os nove sindicatos da Alitalia.
As negociações foram encerradas inesperadamente nesta quinta-feira, depois que seis sindicatos rejeitaram a proposta de corte salarial feita pela CAI.
O plano da CAI incluía um corte salarial e propunha aumento de produtividade, mas os sindicatos de pilotos e aqueles que representam a tripulação estavam dispostos a aceitar apenas a segunda parte da proposta.
O maior sindicato da Itália, CGIL, anunciou que assume a responsabilidade pela rejeição ao plano da CAI. O secretário-geral da CGIL, Giulio Epifani, disse que irá trabalhar com Augusto Fantozzi para manter a empresa em operação Fantozzi é o administrador da Alitalia escolhido pelo governo, que controla 49,9% da companhia aérea.
Cabe agora a Fantozzi decidir se mantém a Alitalia em operação. "Fantozzi disse várias vezes recentemente que os vôos poderiam estar ameaçados por falta de dinheiro para garantir o fornecimento de combustível", disse uma fonte do governo próxima às negociações. Segundo a fonte, o próximo passo seria Fantozzi declarar a falência da empresa.
Fabio Berti, representante de um dos sindicatos de pilotos, disse que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deverá se envolver nas negociações, já que a Itália se vê agora diante de um problema de transporte.
O departamento de aviação civil da Itália, ENAC, convocou uma reunião com Fantozzi nesta quinta-feira para verificar se existem condições para a Alitalia manter sua licença para voar. As informações são da Dow Jones.
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