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Tensão nuclear

Irã diz que nunca suspenderá enriquecimento de urânio

O Irã nunca vai suspender o enriquecimento de urânio como é exigido pelo Ocidente, disse nesta terça-feira o Ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, depois das potências mundiais terem concordado em trabalhar em uma nova resolução da ONU sobre os planos atômicos de Teerã.

- Suspender o enriquecimento de urânio é uma exigência ilegal e sem legitimidade e nunca acontecerá - disse Mottaki, citado pela agência oficial de notícias IRNA.

A declaração é primeira reação do governo de Teerã à decisão dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha de elaborar um nova resolução para obrigar o Irã a interromper seu programa nuclear . No entanto, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China e França mantiveram o compromisso de buscar paralelamente uma solução negociada, segundo autoridades britânicas.

O premier britânico, Tony Blair, disse nesta terça-feira que o governo do Irã está cometendo um "grande erro de cálculo" ao desafiar o Ocidente.

O tom desafiador foi mantido pela República Islâmica, que garantiu retaliar imediatamente, e em qualquer lugar , um ataque de forças dos EUA.

O governo da China defendeu nesta terça-feira que a diplomacia e a negociação pacífica é a chave para o fim do impasse sobre o programa nuclear iraniano.

- Nossa posição é consistente. Defendemos uma solução por meios diplomáticos e negociação pacífica - afirmou o porta-voz dm Ministério da Relações Exteriores Qin Gang.

Apesar de a diplomacia dar o tom da crise, o governo do EUA fez questão de frisar que "todas as opções'' estão em aberto para solucionar a crise. Washington aumentou a pressão sobre a República Islâmica ao enviar um novo porta-aviões para o Golfo Pérsico.

A ONU impôs sanções limitadas ao programa nuclear iraniano em dezembro, e Teerã enfrenta mais sanções por ignorar um prazo que terminou em 21 de fevereiro para suspender o enriquecimento de urânio que, segundo o Ocidente, está sendo usado para produzir bombas atômicas.

O Irã, o quarto maior produtor de petróleo do mundo, insiste que seus planos são civis e que só deseja enriquecer urânio para fabricar combustível para usinas de energia nuclear.

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