O Irã está considerando encargos contra os 15 soldados da Grã-Bretanha por entrarem ilegalmente em suas águas e poderá conceder acesso britânico aos soldados quando a investigação de Teerã estiver concluída, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, no domingo.
A secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha,Margaret Beckett, "demonstrou preocupação com a detenção dos soldados britânicos e pediu acesso consular a eles no Irã" durante conversa telefônica com Mottaki, informou Mansour Sadeghi, porta-voz da missão da ONU no Irã.
Mottaki, por sua voz, demonstrou preocupação com a "incursão dos soldados em águas do território iraniano", relatou o porta-voz à Reuters.
"Ele disse que essa questão está sendo estudada e sendo considerada por autoridades iranianas e depois que a investigação for concluída a possibilidade do acesso consular será acordada", informou Sadeghi.
O Irã capturou na sexta-feira 15 soldados da Marinha Britânica no canal Shatt al-Arab, que marca a fronteira sul do Iraque com o Irã.
Mais cedo no domingo, um dia depois de Mottaki ter se dirigido ao Conselho de Segurança da ONU após o organismo ter imposto novas sanções contra Teerã por se recusar a suspender o programa de enriquecimento de urânio, o ministro disse que o Irã considerava encargos contra os soldados.
"A acusação contra eles é a entrada ilegal nas águas iraquianas e essa questão está sendo considerada legalmente", relatou Mottaki a repórteres em Nova York.
"As autoridades iranianas interceptaram esses marinheiros em águas iranianas e prenderam eles em águas iranianas e isso já aconteceu no passado", disse.
Mas a Grã-Bretanha afirmou que duas embarcações de marinheiros da Marinha Real procuravam um navio mercante em uma missão aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) quando foram rodeados por barcos iranianos e capturados.
"Esta é uma situação muito séria e não há dúvida de que essas pessoas foram levadas de uma embarcação em águas iraquianas", disse o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a repórteres depois de um fórum da União Européia em Berlim.
Segundo Mottaki, "a questão está sob consideração dentro das leis da República Islâmica do Irã".
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