Vários opositores do atual governo do Irã, detidos durante os protestos nos últimos meses, foram libertados, segundo a edição desta quinta-feira (25) do jornal reformista "Bahar". Alguns foram libertados sob fiança e outros receberam apenas a suspensão temporária de suas prisões, informou o diário.

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Jahanbakhsh Khanjani, integrante do Partido Executivos da Construção, que foi porta-voz do Ministério do Interior durante o mandato do presidente reformista Mohammad Khatami, está entre os libertados sob fiança, de acordo com o "Bahar". Khanjani foi condenado a seis anos de prisão por "agir contra a segurança nacional" e "fazer propaganda contra o regime", mas apelou do veredicto.

Segundo o jornal, vários outros ativistas também foram libertados, entre eles opositores conhecidos, como Sara e Leyla Tavassoli, Mahmoud Naeempour e Asghar Khandan, um reformista que já integrou a Guarda Revolucionária. Já Ebrahim Yazdi, de 79 anos, líder do ilegal porém tolerado Movimento pela Liberdade, que foi preso dois meses atrás, recebeu permissão para deixar a prisão por dez dias, de acordo com o diário.

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Todos foram detidos nos últimos meses por seus supostos envolvimentos em protestos realizados após a disputada reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em junho de 2009. As últimas medidas se seguem à libertação, sob fiança, de vários opositores nas últimas semanas, algumas vezes após condenações em julgamentos.

Protestos

Milhares de pessoas foram detidas desde junho por participarem de protestos contra a reeleição de Ahmadinejad, que, segundo a oposição, foi fraudulenta. A maioria foi libertada, mas centenas dentre eles dezenas de reformistas, jornalistas e ativistas pelos direitos humanos, continuam atrás das grades.

Alguns líderes opositores já receberam pesadas penas de prisão e dezenas de pessoas, acusadas de tentar fomentar a discórdia e depor o regime, foram condenadas à morte. Duas dessas pessoas foram executadas em janeiro e outras dez esperam o resultado de suas apelações.

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