O Irã pediu neste sábado (12) que as potências ocidentais aceitem o acordo de troca de combustível nuclear estabelecido pelo país com o Brasil e Turquia, como uma solução "digna" para o impasse em relação ao programa de enriquecimento iraniano, informou a agência estatal iraniana Irna. "A solução mais digna aos países do Ocidente sobre a questão nuclear iraniana é aceitar o acordo de troca de combustíveis", disse o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, segundo a Irna. Segundo ele, o impasse das potencias mundiais sobre o programa atômico iraniano é um atoleiro criado por elas mesmas.

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A pressão internacional sobre o Irã intensificou-se com a aprovação nesta semana de uma quarta rodada de sanções pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país, desta vez restringindo as transações militares e financeiras.

O Irã recusa-se atender às demandas da ONU de suspensão de seu programa de enriquecimento de urânio, atribuindo-o a fins pacíficos, e nega acusações do Ocidente de que tem pretensões de desenvolver armas nucleares.

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Em maio, o Irã assinou um acordo com o Brasil e a Turquia, membros temporários do Conselho de Segurança da ONU, para embarcar cerca da metade do estoques de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia em troca de combustível enriquecido.

As nações do Ocidente reagiram com frieza ao acordo, elaborado em cima de uma proposta feita em outubro ao Irã pela ONU de embarque de urânio de baixo enriquecimento para a Rússia e França para posterior conversão em combustível nuclear. Mas o Irã refutou a proposta, insistindo na troca simultânea em seu próprio território, uma condição rejeitada pelas potenciais mundiais. As informações são da Dow Jones.

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