Pelo menos 16 seguidores da Irmandade Muçulmana foram detidos por supostamente pertencer a um grupo "terrorista" na província egípcia de Al Sharquiya, no delta do rio Nilo, informou nesta quinta-feira a agência estatal de notícias "Mena".
Segundo a agência, essas pessoas - que foram levadas à Procuradoria Geral - também são acusadas de propagar a ideologia desse grupo mediante publicações e folhetos, incitar à violência e destruir instalações públicas.
A detenção acontece no dia seguinte ao que o governo egípcio declarou grupo terrorista a Irmandade Muçulmana, que responsabilizou do atentado contra uma sede policial na terça-feira passada que deixou pelo menos 16 mortos.
Por outro lado, o Ministério Público de Zaqaziq, capital de Al Sharquiya e cidade natal do deposto presidente Mohammed Mursi, ordenou a detenção preventiva durante 15 dias de 11 partidários da confraria acusados de tentar assassinar a estudantes e membros da segurança da universidade dessa cidade.
Os 11 acusados, entre os quais estão três alunos universitários, também enfrentam acusações por pertencerem a um grupo terrorista e por destruir propriedades públicas e privadas.
Além disso, dezenas de islamitas organizaram hoje uma manifestação em Zaqaziq e apedrejaram a sede do governo, enquanto destruíram vários veículos e cartazes que pedem o voto no referendo constitucional dos próximos 14 e 15 de janeiro, apontou a agência estatal.
Sete pessoas foram detidas nesses distúrbios, enquanto se registraram choques na universidade local que causaram vinte feridos e a detenção de outras quatro pessoas.
Além disso, pelo menos 35 pessoas foram detidas na província de Menufiya, também no delta, entre ontem e hoje por seu suposto envolvimento em distúrbios e manifestações.
Ontem à noite, o Ministério do Interior do Egito informou sobre a detenção de 19 pessoas acusadas de queimar um veículo da polícia em uma manifestação de islamitas na cidade de Alexandria.
A pasta estabeleceu um plano para reforçar a segurança nas principais ruas do país, edifícios públicos e embaixadas, assim como para desativar possíveis artefatos explosivos em determinadas zonas, como escolas e universidades.
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas hoje pela explosão de uma bomba à passagem de um ônibus no bairro de Cidade Nasser, no leste do Cairo, perto de uma sede policial e um complexo que abriga várias escolas. EFE