O Exército israelense lançou na noite de terça-feira (8) 160 ataques contra alvos islamitas em Gaza, nos quais segundo fontes médicas palestinas morreram pelo menos seis pessoas que estava dentro de uma casa na cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa.
Desde que começou a operação militar israelense na segunda-feira (7), morreram 23 palestinos e 123 ficaram feridos, de acordo com a apuração palestina.
Por sua vez, as milícias palestinas lançaram 45 foguetes contra o centro e sul de Israel sem causar vítimas.
Segundo Peter Lerner, porta-voz militar israelense para meios de comunicação estrangeiros, a aviação de Israel atacou 118 plataformas de lançamento de mísseis das milícias palestinas, "algumas para projéteis de longo alcance", dez túneis e vários supostos armazéns de armamento.
Além disso, foram alcançados seis quartéis do movimento islamita Hamas e dez "posições de comandos terroristas", explicou em comunicado .
Com relação a isso, o oficial assegurou que as tropas tinham conseguido matar Hafez Hamid, que foi identificado como um comandante islamita (do grupo radical palestino Jihad Islâmica) responsável pelo lançamento de foguetes contra a cidade meridional israelense de Sderot.
Lerner cifrou em 440 os alvos atacados pela Aviação e a Marinha israelense desde que em 7 de julho iniciou a terceira operação contra Gaza desde que o Hamas tomou o controle em 2007.
Fontes palestinas em Gaza informaram ontem à noite, por sua parte, que pelo menos 23 morreram e 123 ficaram feridas desde o início da operação.
Horas antes dos últimos bombardeios israelenses, milicianos palestinos tinham lançado 45 foguetes contra o centro e sul de Israel, três dos quais caíram em Jerusalém e sua área metropolitana, sem causar vítimas.
As testemunhas informaram à Agência Efe que um projétil, que fez soar as sirenes na cidade santa pela primeira vez desde que Israel empreendeu sua terceira ofensiva contra o Hamas, impactou na área de Mateh Yehuda, uma zona montanhosa ao oeste da cidade.
A imprensa israelense informou que um segundo foguete caiu em um local descampado próximo de Pisgat Ze'ev, um bairro colonial judeu em Jerusalém Oriental.
Em comunicado posterior, o movimento islamita admitiu que tinha lançado quatro foguetes classe M75 contra Jerusalém, informação que não foi confirmada nem desmentida por outras fontes.
Os alarmes antiaéreos também foram escutados durante a noite passada em Tel Aviv, em cuja área metropolitana o escudo antimísseis "Iron Dome" interceptou pelo menos um projétil, e em localidades divisórias como Rishom Leziyon, a mais de 75 quilômetros de Gaza, e Hadera, a mais de uma centena.
Pouco depois, as brigadas "Ezedin al-Qassam", braço armado do movimento islamita Hamas, assegurou ter lançado foguetes contra a cidade de Haifa, no costa norte de Israel, cerca de 150 quilômetros do norte de Gaza.
Em comunicado, o grupo assegurou ter utilizado foguetes classe R160 de fabricação caseira e ter lançado igualmente projéteis contra cidades do centro de Israel.
Além disso, milicianos palestinos lançaram nesta manhã dois foguetes contra o porto israelense de Ashkelon, situado a cerca de 20 quilômetros de Gaza, que explodiram no ar.
As sirenes antiaéreas soaram quase ao mesmo tempo que as baterias do escudo antimísseis "Iron Dome" foram ativadas para interceptar os projéteis.
Peter Lerner assegurou hoje que alguns dos restos achados entre Hadera e Haifa são de um foguete M-302, similar aos achados em um navio interceptado por Israel em alto-mar e que denunciou que provinha do Irã.
Na terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que tinha ordenado um aumento significativo das operações contra Hamas" em Gaza e que a operação militar "levará tempo".
As "Brigadas Ezedin al-Qassam" responderam, por sua parte, que continuarão com suas operações até alcançar seus alvos e que estão preparadas para ampliar e intensificar suas operações, que hoje incluíram uma tentativa de infiltração em território de Israel através do mar.